3.30.2009

Para Além De... Coelhos E Ovos...

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Para Além De... Coelhos E Ovos...


...Oficinas artísticas no CCB...



Mitologias animam Fábrica das Artes na Páscoa
Oficinas artísticas nas áreas da música, dança, canto, teatro e fotografia vão inspirar-se nas mitologias de várias tradições para assinalar o período da Páscoa na Fábrica das Artes, serviço educativo do Centro Cultural de Belém (CCB). Entre 30 de Março e 9 de Abril, a Fábrica das Artes será palco de oficinas para crianças dos cinco aos sete anos, e dos oito aos 12 anos, que decorrerão de manhã e à tarde no CCB, com inscrição prévia.

"Para abordar esta temática do renascimento e da renovação associada à Páscoa, que já era comemorada por civilizaçãoes muito antigas por ser um momento de passagem anunciado pelo equinócio da Primavera, fomos em busca de mitologias", explicou Madalena Wallenstein. A responsável pelos serviços educativos do CCB desde Janeiro deste ano, tem vindo a desenvolver uma programação própria para a Fábrica das Artes inspirada na programação geral do CCB, entre outras temáticas. Partindo da época da Páscoa, uma equipa reunida por Madalena Wallenstein foi à procura das relações com os astros, no céu, e as sementes, na terra, e criou diversas oficinas artísticas _ da música à dança, do teatro às artes plásticas e à fotografia _ inspiradas em mitologias. Uma das oficinas consiste na criação de um foto-diário de uma semente, actividade inspirada na mitologia através da lenda de Ostara, "a deusa do amanhecer, que na Primavera segurou um ovo numa mão e deixou escapar um coelho no horizonte". "As crianças têm um grande fascínio pela mitologia porque está mais ligada ao seu imaginário. Será mais lúdico e apaixonante para elas", comentou Madalena Wallenstein. Joana Veiga, Maria Morbey, Sara do Vale, Telma Pereira, Marco Damas e Liliana Pimenta serão os responsáveis pelas Oficinas de Mitologia e Lendas (com contos, teatro, dança de deuses e composição musical), Oficinas da Terra (voz, dança, fotografia, escrita criativa e pequenos seres) e as Oficinas do Céu (experiências, exploração do espaço, artes plásticas e música). As crianças poderão, por exemplo, ouvir contos sobre as deusas Ostara, Ceres ou Perséfona, recriar danças rituais e cânticos sobre o eterno retorno da Primavera, inventar personagens para uma peça de teatro ou compôr uma obra vocal e instrumental para ser cantada no Jardim das Oliveiras.




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3.22.2009

Para Além De... Editora...

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Para Além De... Editora...

...Promotora De Atitudes Culturais...



Por amor à arte poética:
Cosmorama, projecto de atitudes culturais, é a única editora portuguesa que só publica poesia.
Nunca se publicou tanta poesia como hoje - das colecções específicas às infindáveis edições de autor -, mas há apenas uma editora portuguesa dedicada em exclusivo a este género. O Dia Mundial da Poesia é hoje assinalado em todo o país.
Se criar uma editora na presente conjuntura económica está longe de ser uma fórmula simples de obter retorno financeiro seguro, mais arrojado ainda se torna o projecto quando a poesia é o género de eleição. Quando, há pouco mais de um ano, José Rui Teixeira, Jorge Melícias e João Manuel Ribeiro, todos eles poetas, concretizaram a ambição de longa data, sabiam que a tarefa não seria exactamente fácil.
Volvido esse período, não é preciso ter dotes de prestidigitação para concluir que a editora "sobrevive com algumas dificuldades", como reconhece José Rui Teixeira, pois, embora a Cosmorama actue num nicho de mercado específico, essa limitação "
circunscreve a margem de crescimento do projecto".
Além disso, a poesia não só é um género com escassa procura nas livrarias - "vender 500 exemplares em meio ano já é um êxito", diz o editor -, como as editoras são ainda confrontadas com "o incumprimento das condições de pagamento das facturas por parte das livrarias e distribuidoras".
Os lamentos, porém, não interferem com o balanço positivo. Basta dizer que, nesse período, a editora logrou publicar livros de Agustina Bessa-Luís _ a novela "Dominga", o único título fora do género poético _, Teixeira de Pascoaes, Valter Hugo Mãe, Amadeu Baptista ou Pedro Gil-Pedro e, até final do ano, avizinha-se a edição de poemas de António Pedro, Jorge Melícias e António Cabrita.
José Rui Teixeira vê com agrado essa confiança por parte de autores de prestígio, o que vem reforçar a ambição de fazer da Cosmorama "um projecto com qualidade e uma referência na edição de poesia em Portugal".
A par dos consagrados, a editora faz questão de apostar em novos valores, casos de Andreia C. Faria ("De haver relento) ou Catarina Costa ("Marcas de urze"), escolhidos a partir dos vários originais que semanalmente vão chegando à sede, no Porto, ou através do blogue (cosmorama-edicoes.blogspot.com).
Para contornar as dificuldades, os mentores do projecto têm insistido em iniciativas de fidelização dos leitores. A mais notória é o cartão "Leitor +". Por 80 euros, é possível receber por correio todos os livros do plano anual de edições antes mesmo da distribuição para as livrarias, assim como a revista literária "Cosmorama" e um desconto de 20% em todos as iniciativas promovidas pela associação cultural de que a editora faz parte.
O poeta e editor vê nesta medida "uma estratégia que permite uma relação de maior proximidade entre poetas, editores e leitores de poesia", mesmo tendo noção de que "não garante, por si só, a sobrevivência".

A publicação é apenas uma das facetas da Cosmorama. Da actividade regular fazem parte igualmente encontros com poetas, organização de apresentações e a respectiva divulgação, um sintoma óbvio do dinamismo que caracteriza o actual género poético, pródigo em iniciativas várias.
José Rui Teixeira explica o paradoxo entre as edições quase secretas e o frenesim de actividades públicas, das tertúlias aos colectivos de poesia, com o facto de "serem eventos que normalmente mobilizam as mesmas poucas pessoas". E alude à fácil autolegitimação para explicar o surto de (candidatos a) poetas: "Alguém que sabe uns acordes na guitarra não diz que é músico. Porém, alguém que verseja, independentemente da qualidade dos versos, já se considera poeta. Existe o lugar-comum que afirma que Portugal é um país de poetas. Trata-se de uma generalização precipitada". (Sérgio Almeida/JNonline)


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3.21.2009

Para Além... De Um (Mau) Negócio...

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Para Além... De Um (Mau) Negócio

...Um Valor Cultural...



Dia Da Poesia:
Editar poesia é um mau negócio.
Neste género, as tiragens rondam os 500 exemplares e só os grandes nomes chegam aos 2000. Para as editoras, é uma questão de prestígio. E de tentar não perder muito dinheiro.
A poesia não dá dinheiro - nem aos autores nem aos editores. Jorge Reis Sá, que é poeta e editor (na Quasi), sabe isso como ninguém. Mas esta evidência não o faz desistir. Se a poesia é, como disse Eugénio de Andrade, "a festa suprema da língua", tem de valer a pena partilhá-la, mesmo que seja para uma elite, para um nicho de mercado, para umas poucas centenas de leitores.
"Se vir isto pelo lado do negócio, que também o é, para uma editora de média dimensão como a nossa editar poesia é desastroso. Precisávamos vender muito mais para que conseguíssemos pagar as contas", explica Zeferino Coelho, editor da Caminho. Hugo Xavier, da Portugália, confirma: "Editar poesia não é bom para o negócio." "Quem só se rege pelo lucro não edita poesia", diz Reis-Sá.
Uma obra de poesia tem uma tiragem média de 500 exemplares - o suficiente para conseguir colocar livros nas principais livrarias que existem pelo país. Mas desses vendem-se mais ou menos 200. É muito pouco. A Caminho, que edita poesia portuguesa ou de autores que escrevem em português, consegue fazer tiragens de 1000 exemplares, mas Zeferino Coelho reconhece que este é um número "um pouco exagerado". A Dom Quixote edita apenas dois ou três livros de poesia de ano mas como aposta em autores consagrados e premiados pode ir até aos 1500 ou 2 mil exemplares. Um sucesso para poetas como Miguel Torga, Manuel Alegre, Fernando Pinto Amaral, Nuno Júdice, António Nobre ou Ramos Rosa. "Faço questão de ter todos os anos alguns livros de poesia, mas mais do que isto é impossível", admite a Cecília Andrade. "
A poesia é importante para a editora mas não pelas vendas. Quando, de vez em quando, temos uma segunda edição ficamos muito contentes."
Edições de 2, 3 ou 4 mil exemplares são raras. Acontecem, por exemplo, com Sophia de Mello Breyner (na Caminho), José Luís Peixoto ou José Régio (na Quasi), com Fernando Pessoa, Rimbaud, Lorca, Blake, Yeats, Hölderlin, Pablo Neruda (na Relógio D'Água), com Cesariny, Alexandre O'Neill ou Herberto Helder (na Assírio e Alvim). "São as excepções", comenta Jorge Reis-Sá.
Num país onde todos têm a pretensão de saber alinhar uns versos e onde muitos livros de poesia aparecem, ainda hoje, no mercado com edições de autores, pagas pelo próprio, as grandes editoras não desistem da "festa da língua".
Apesar de não dar dinheiro, todos estes editores insistem em publicar poesia. Talvez porque o negócio dos livros não seja, afinal, um negócio como os outros. Há o prestígio. Há a noção de dever. De serviço a cumprir. Um acto de resistência. Uma vontade de "honrar uma marca histórica", como diz Hugo Xavier, da Portugália.
E, se praticamente não há lucros, os editores preocupam-se em, pelo menos, não ter grandes prejuízos. Aproveitam as novas tecnologias e utilizam a impressão digital o que permite reduzir consideravelmente os custos em tiragens até 750 exemplares.
Para cativar os leitores, as editoras organizam antologias e reúnem obras completas - como fez a Dom Quixote com a obra poética de Maria Teresa Horta, já nas livrarias, disponibilizando títulos que se encontram esgotados há imenso tempo.
Apostam em valores seguros, editam sobretudo os nomes consagrados, privilegiam os autores que já pertencem à casa. Neste cenário, os novos poetas têm a vida dificultada, explica Francisco Vale, da Relógio D'Água. "Mesmo na comunicação social, a poesia tem cada vez menos espaço e menos atenção. Só se dá atenção ao que já sabemos que vai ter sucesso, o que torna cada vez mais difícil lançar novos nomes."

Vale a pena? Todos dizem que sim. De tal forma que a histórica Guimarães pretende retomar este ano a publicação de poesia, recuperando a colecção "Poesia e Verdade" (com novos autores) e recuperando os clássicos da chancela da Ática. "Embora a tenhamos a preocupação de termos sustentabilidade económica, não só isso que nos orienta", explica Vasco Silva. "Queremos acrescentar um valor, não só económico mas cultural." (DN Artes/online)



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3.18.2009

Para Aquém... Da Idade Prevista...




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Para Aquém... Da Idade Prevista...

...Declínio Mental Começa
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Aos 27 Anos...

O cérebro começa a envelhecer bem mais cedo do que se pensava. Segundo um estudo norte-americano, é aos 22 anos que se atinge o pico da performance cerebral, e aos 27 que a rapidez de raciocínio e a capacidade visualização espacial se começam a degradar.
As conclusões do estudo da Universidade da Virgínia foram publicadas no jornal científico Neurobiology of Aging, citado pela BBC, e permitem planear novas estratégias para evitar a perda das capacidades intelectuais.
A solução é agir cada vez mais cedo, uma vez que se sabe agora que o pico da performance cerebral acontece logo aos 22 anos, e que aos 27 já se nota o início do declínio intelectual.
Especificamente, é aos 27 anos que os indivíduos começam a ter menos capacidade de visualizar espaços e menor velocidade de raciocínio.
Não é nenhuma tendência dramática, note-se, mas significa que a ‘ginástica mental’ deve ser praticada cada vez mais cedo para manter o cérebro ao melhor nível por muitos anos.
O estudo, dirigido pelo neurologista Timothy Salthouse, contou com 2 mil voluntários entre os 18 e os 60 anos, que foram testados com puzzles, exercícios de memória e outros desafios.
Em nove dos 12 testes realizados, os melhores resultados foram alcançados pelas pessoas de 22 anos. A partir dos 27, os resultados começaram a piorar, sobretudo nos puzzles.
Nos exercícios de memorização, foi só aos 37 que se notou um declínio das performances.
Já nos testes de vocabulário e de cultura geral, o saber continua a aumentar até aos 60 anos.
Segundo vários cientistas citados pela BBC, o estudo ajuda os especialistas do combate a doenças como o Alzheimer a detectar sintomas muito mais cedo e a delinear estratégias para evitar ou retardar os efeitos de várias patologias.
(inXicórias & Xicorações-17/03/09)



(Tenho que começar a exercitar estes neurónios com maior intensidade! _ ;)
Ler também:
Estão as redes sociais a mudar o nosso cérebro?
As 10 descobertas do ano - Science
Internet faz bem ao cérebro



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3.15.2009

Para Aquém... Do Que É Necessário...

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Para Aquém... Do Que É Necessário...


... Hora Do Planeta Apenas Em Lisboa...




Lisboa apaga luzes na hora do planeta
Pelo Ambiente:
A cidade de Lisboa será a única em Portugal a participar oficialmente na "Hora do Planeta", uma iniciativa que visa contribuir para a redução do aquecimento global. Ao todo, serão mil as cidades às escuras em todo o mundo no próximo dia 28 de Março, entre as 20h30 e as 21h30. Um gesto que todos podemos repetir em casa.
O Fundo Mundial para a Natureza diz que se nada for feito, dez espécies animais vão desaparecer nos próximos anos. A culpa é do aquecimento global. No próximo dia 28 vai surgir mais um alerta: mil cidades em todo o Mundo vão ficar às escuras. Lisboa é a única cidade portuguesa a participar na “Hora do Planeta”, mas o gesto está ao alcance de cada um.
Milhões de elefantes africanos vão morrer dentro de anos, quando a água faltar de vez em África. O urso polar está também risco. Prevê-se que dois terços desapareçam nos próximos anos. Quanto a baleias e golfinhos, nenhuma vai resistir, quando a temperatura da Terra subir mais dois graus. Parece insignificante, mas não é. Estes e outros animais em risco fazem falta ao equilíbrio do planeta.
O Fundo Mundial para a Natureza estima que a pressão humana sobre os recursos naturais, seja três vezes superior ao que o Planeta pode aguentar. A solução é difícil, mas pequenos gestos como este ajudam a melhorar o cenário. Basta desligar o interruptor.
A “Hora do Planeta” é uma iniciativa que começou há dois anos, na Austrália. No ano passado, juntou mais de 300 cidades. Este ano, pretende chegar a mil milhões de pessoas.
Em Lisboa – e, por todo o País, também vai ser possível parar para pensar nos estragos que estamos a provocar no Planeta. (OSentidoDasPalavras/online)
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3.11.2009

Para Além... Da Subida Prevista...


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Para Além... Da Subida Prevista...


...Um a dois metros até 2100...


Subida do nível do mar pode ser duas vezes maior que o previsto

A subida do nível das águas associada ao aquecimento global do planeta poderá ultrapassar um metro ou mesmo atingir os dois metros até ao final do século XXI. As previsões pessimistas foram apresentadas hoje em Copenhaga, onde hoje começou o Congresso sobre o Clima.

Em vez das previsões de uma subida do nível do mar de entre 18 a 59 centímetros até ao final do século admitidas no relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês, laureado com o Prémio Nobel, dividido com Al Gore, em 2007) publicado em 2007, os especialistas admitem agora uma subida dos oceanos que poderá ultrapassar um metro e não deverá nunca ser inferior a 50 centímetros. O alerta foi lançado na primeira sessão de trabalho do congresso "Alterações Climáticas: Riscos Globais, Desafios e Decisões", que decorre até quinta-feira na Universidade de Copenhaga como preparação para a Cimeira do Clima, que terá lugar também na capital dinamarquesa em Dezembro para tentar encontrar um acordo global sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa para suceder ao Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Gases com efeito de estufa e fusão dos gelos polaresUm comunicado da organização do congresso _ que integra 10 Universidades _ diz que os novos números, resultantes de estudos mais aprofundados sobre o impacto do aquecimento global, "significam que se as emissões de gases com efeito de estufa não forem reduzidas rápida e substancialmente, até no melhor cenário a subida do nível do mar atingirá zonas costeiras onde habita cerca de um décimo da população mundial". A aceleração da fusão de gelos polares e de glaciares devido ao aquecimento global são dois dos principais factores do agravamento das previsões sobre a subida do nível do mar.

Conclusões do Ano Polar Internacional: Gelo nos pólos norte e sul a derreter mais depressa do que previsto

Questões em debate em Copenhaga_ Até quinta-feira, serão apresentados no congresso de Copenhaga _ que reúne climatologistas, meteorologistas e oceanógrafos, mas também epidemiologistas e economistas _ cerca de 1.600 relatórios e documentos de trabalho de cientistas de 80 países.


  • Qual será a extensão e impacto da subida dos oceanos?
  • A armazenagem do carbono no subsolo é uma solução realista?
  • Como adaptar a produção agrícola ao anunciado aquecimento global?
  • Qual será o lugar das energias renováveis num mundo com menos carbono em 2050?
  • Como antecipar a onda dos "refugiados climáticos"?

Cimeira do clima em Dezembro

As conclusões do congresso - em que participa o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri - serão apresentadas em Dezembro como material de trabalho para a "cimeira do clima" que tentará definir um acordo sucessor do protocolo de Quioto.
Protocolo de Quioto (v. PDF em inglês)
Embora as negociações internacionais em curso para encontrar um novo acordo sobre redução das emissões de gases com efeito de estufa enfrentem dificuldades, em particular a questão do financiamento, os objectivos a médio prazo são claros: diminuição em pelo menos 50 por cento das emissões mundiais até 2050, ou seja, uma redução de pelo menos 80 por cento por parte dos países ricos. (Lusa/siconline)


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3.07.2009

Beyond... Portugal's Literary Boundaries...


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Beyond... Portugal's Literary

Boundaries...




Portugal’s Rui Zink Visits Santa Barbara

The world is in danger of collapse.” Yes, you heard right. According to Portuguese writer Rui Zink, “the world is in danger of collapse due to the weight of literature.” Zink’s latest work, which he presented during a conference organized by the UCSB Department of Spanish and Portuguese on Saturday, Feb. 28, argues this sobering idea. Of course, he was not being literal in his descriptions of a bug, or an epidemic of writing that is running through the world and will lead to the extinction of all humanity. In his lecture titled, “The Writing Bug: A Reading… And Then?” he gives a reading of his work, in which the speaker speculates about the end of the world due to poor literature and offers advice on how to be a successful writer.
Luckily, Zink’s reading, and his personality, did not let his presentation become a lecture with all of the boredom, counseling, or sermonizing often associated with such “lectures.” Listening and watching him as he read his piece, one got the impression that he is someone who is delightful to spend time with. The audience laughed with his disdain for the French and his end-of-the-world piece blaming the act of writing. Even when gently reminded of his harsh choice of words and opinions, he said, “True, but not as fun.” If he was not standing in the front of a conference room behind a podium, he could make people laugh even more easily.
His piece about the end of times is actually about the act of writing and reading. Following his reading, he gave a few points of advice on those actions. “Experience, dreams, and copying” are his three ingredients for concocting the perfect piece of writing. He mentions very practical views that make sense for anyone, whether an academic or a simpleton, but that would not be normally considered as profound or fundamental for writing masterpieces.
Don’t try to be imaginative,” he says, devaluating every pebble of advice society has ever heard on writing. Don’t “use your imagination.” With his down-to-earth personality, however, he does not elevate himself just because he has achieved acclaim for “not being creative.” His explanation makes it possible for everyone to achieve, and going further, it is something that everyone already does, or at least understands. “It’s like telling someone to not be nervous and they end up getting nervous.” What seems so profound, breaking the boundaries and conventions of thinking are actually verbalizations of a true aspect of nature and reality. If that is what writers are supposed to do, Rui Zink does just that. And he does it exceptionally well.
Listening to him make his remarks and read his own words stirs curiosity and desire together, producing the urge to find and read more of his work. If his piece about the end of human existence as a result of everyone writing and doing nothing else is such a joy when read aloud, reading it in one’s own hands can be expected to be just as intriguing. And if that piece was so endearing, what about his other works?
Many of his works were written in collaboration with other writers who he says are very different from him. As was mentioned, one of the three tools he lists for writing includes copying. This does not mean, however, to follow just anyone, especially those who conform after your tastes. Instead, he encourages the complete opposite. To copy someone with the same style as you will lead you straight to what you are trying to avoid: unoriginality. Copying someone who writes with an entirely different style will produce unprecedented works for the writer, something unexpected for audiences. Zink himself has written over 20 novels so far; Dávida Divina (2005) won the highly esteemed Portuguese Pen Club Award.
His encouragement to meet and mingle with different kinds of people who are dissimilar may explain his support of the growing graphic novel genre. Sadly, the graphic novel is still in the process of becoming a legitimate suite of literature. However, if Zink, a “normal-looking” man in plain dark brown shoes, plain trousers and a matching, neutral brown blazer, who is in fact a writer himself, says that it is literature, it must be.
At first glance, Zink does not appear to be someone who would be a supporter or even a professed fan of the fresh, young, new graphic novel, but that is what makes the genre even more alluring. Then again, with the personality he exudes, a suit and tie do not sound like something that could attempt to embody his character in the first place. If an author, a reader and maker of literature says it is literature, a graphic novel must be literature.
He describes the genre as “poor man’s cinema.” The graphic novel does more than films of Hollywood; the writer and the artist are one. Playing with silence is also a unique characteristic of the new breed of literature, he continues. Even for those who do not usually read comics or even dissociate them from literature will eventually find themselves wanting to read the latest graphic novel, watch the movie based on it, or start petitioning for an entirely new specialization or department dedicated to graphic novels.
In Zink’s mind, literature becomes something more than just words, paragraphs, pages, and chapters that invigorate the mind, heart, soul and spirit. His viewpoint is the product of his experience delving his hands into the murky waters themselves. “Literature can tell the future, because it is there,” he said. Words, in any language, transgress the boundaries of their pages, and even time and space, by being able to tell the future.
He described this power of literature by comparing it to the phenomenon of Kafka’s Metamorphosis being autobiographical and at the same time, applicable to everyone’s biography, even the everyday, normal person. Kafka’s novella can tell everyone’s story because it is everyone’s story. The augury of literature is the same; it sounds so simple, yet so profound. Truly, Zink’s analogies make the simple profound and the profound simple.
Portugal is very fortunate to have someone like Rui Zink to call its own. We are even more fortunate to have him visit UCSB and offer advice, inspiration and belly-rolling laughter with all his jokes on us as humanity.
(This entry was posted by Jennarose Manimtim in Arts & reviews/online on Wednesday, March 4th, 2009)



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Para Além... Dos Livros...

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Para Além... Dos Livros...

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...Os Autores E Os Autógrafos...


Autores e autógrafos: o que é que eles escrevem?

No momento de autografar um livro, como é que os escritores assinam? Ana Dias Ferreira foi perguntar, e pelo caminho descobriu histórias hilariantes.
É muito raro um escritor recusar-se a dar um autógrafo. Mas António Mega Ferreira já teve de o fazer. Certo dia, um homem pediu-lhe insistentemente uma dedicatória, porque tinha grande admiração pelo autor. Pediu, pediu, pediu. Mega Ferreira continuou a dizer que não. Antipatia? Nem por isso. Do outro lado, o homem estendia-lhe um livro de outro escritor. “Disse-me que era o único que tinha à mão”, explica Mega Ferreira. “Evidentemente, recusei. Mas não foi fácil convencê-lo.”
Falar
de autógrafos de escritores não é falar de autógrafos de jogadores de futebol, por isso esqueçam-se as assinaturas prontas a saltar, seja em camisolas, recibos do supermercado, bilhetes de autocarro ou barrigas de fãs loucas. Um autógrafo é “uma forma de tornar o livro único e de distinguir um exemplar de outro”, diz José Luís Peixoto, e pode ser “um desafio criativo”. “É uma espécie de desenho, um pequeno gatafunho que os autores escrevem”, diz Jorge Reis-Sá. É, enfim, um sinal de gratidão para com o leitor, diz valter hugo mãe, que encara os autógrafos com prazer, à semelhança de outros escritores.
E o que é que os autores escrevem quando “gatafunham” os seus livros? A resposta é: depende. Com seis palavrinhas apenas, escrevem-se os autógrafos mais banais, os clássicos “com estima”, “com amizade”, “com simpatia”.
Com tempo e imaginação, as palavras multiplicam-se, sobretudo quando se conhece a pessoa a quem se dedica o livro ou quando há tempo para cinco minutos de conversa. Aí, citam-se passagens do livro, enviam-se beijos e abraços, fazem-se trocadilhos, desenhos, e há até quem escreva palavrões (“dos menos feios”, justifica o escritor em causa, João Tordo).
Personalizar não é fácil quando não se conhece a pessoa que está do outro lado, ou quando o autógrafo se dá numa sessão oficial, com direito a fila e dezenas de autógrafos de seguida. Nesses momentos, é decisiva a “empatia directa” que há com o leitor, diz João Lopes Marques. Já João Tordo, que diz que escreve a primeira coisa que lhe vem à cabeça, tem algumas reservas. “Normalmente estamos a escrever coisas para pessoas que não conhecemos de parte nenhuma, e por vezes penso se não estarei a mandar ‘beijinhos’, ‘obrigados’ e ‘abraços’ a gente que se tem portado mal na vida”, brinca o autor de As Três Vidas.
Richard Zimler, autor de O Último Cabalista de Lisboa, gosta de escrever em resposta ao que os leitores lhe dizem: se um leitor diz que os seus livros lhe mudaram a vida, agradece as “generosas palavras”. Se um leitor lhe diz que já recomendou os seus romances ou que compra tudo o que o autor escreve, agradece “imenso o apoio”. Se o leitor não diz nada de especial e é evidente que ainda não leu o livro, escreve apenas “espero que goste”. O que nunca varia é o final: “All the best, Richard Zimler.”
Há escritores que arriscam um desenho junto à dedicatória. Uns por brincadeira, como José Rodrigues dos Santos, que faz uma caricatura, outros para marcar esse momento com algo irrepetível, como faz Ondjaki, que opta por um desenho abstracto para “nunca mais ser capaz de o repetir”. E há, claro, os ilustradores. André Carrilho não esquece o lado gráfico, e geralmente faz um pequeno desenho a incorporar o nome da pessoa a quem o livro é dedicado.
Às vezes, a tarefa do escritor é facilitada, quando aparece um leitor com um autógrafo encomendado para uma terceira pessoa. Geralmente, fazem-no para oferecer como presente. “Há pessoas que quase chegam a ditar o texto que querem ler na dedicatória”, diz Fernando Pinto do Amaral, “como se o autor pudesse servir de testemunho vivo do afecto que pretendem transmitir à pessoa a quem vão oferecer o livro”.
Ninguém diria, mas uma mesa de uma sessão de autógrafos pode ser mais emocionante do que uma mesa de roleta num casino. Há pedidos estranhos, enganos, até há livros que já aparecem escritos. A António Mega Ferreira, chegou-lhe às mãos um livro que ele próprio já tinha assinado noutra ocasião, com o pedido de uma nova dedicatória; a valter hugo mãe aconteceu um episódio ainda mais inesperado. Um dia, uma brasileira estendeu-lhe um exemplar de o remorso de baltazar serapião, e na folha geralmente reservada à dedicatória estava escrito: “Coloca seu número, belezura, esta noite te levo ao céu. A literatura é viadice, meu negócio é sexo mesmo.”
Confiança a rodos foi também o que viu Patrícia Reis, na última Feira do Livro de Lisboa. Conta a autora: “Um rapaz com cerca de 20 anos chegou perto de mim com três exem
plares do meu livro Morder-te o Coração e pediu para autografar para as três potenciais namoradas. Fiquei perplexa e perguntei como é que ele geria as três e se não as confundia. Ele respondeu que um dos truques era dar prendas iguais a todas elas.”
Mas no campeonato de histórias bizarras, a taça é indiscutivelmente do autor angolano Ondjaki. De visita a Oaxaca, no México, um homem pediu-lhe que autografasse um livro para “um certo Juan R.”. Por curiosidade, Ondjaki perguntou onde é que esse Juan R. vivia, ao que o homem respondeu: “Já não vive.” Admirado, o escritor perguntou: “Como assim?” “Não vive”, insistiu o homem, “está morto.” E rematou: “Mas tenho modo de enviar o livro, desde que seja levezinho.”
(sapo/online_terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009)



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3.05.2009

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Para Além... Das Histórias De Sci-Fi...

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Para Além... Das Histórias
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De Sci-Fi...

...Asteróide “rasou” a Terra...




Um asteróide com 30 a 40 metros de diâmetro, passou no início desta semana a 60 mil quilómetros a sudoeste do Pacífico. Segundo os cientistas nenhum objecto desse tamanho foi alguma vez observado tão perto do nosso planeta e por pouco não atingiu a Terra na sua trajectória.
A passagem do DD45 deixou espantada a comunidade científica pela proximidade da trajectória _ sete vezes mais perto da Terra do que a Lua.
O 2009/DD45 é o primeiro asteróide que mais se aproximou da Terra desde 1973 e é semelhante àquele que arrasou cerca de 2.000 quilómetros quadrados de bosque na Sibéria no ano de 1908.
O objecto foi detectado na passada sexta-feira por Rob McNaught, do observatório australiano de Siding Spring. Segundo o cientista foipor pouco que o asteróide não atingiu a Terra.
De acordo com o especialista, cerca de mil asteróides estão classificados como potencialmente perigosos para a Terra. A probabilidade de que um meteorito de mais de um quilómetro de diâmetro colida com o nosso planeta é de um em milhões de anos. Mas a possibilidade de um corpo de menos tamanho e capaz de destruir uma cidade inteira é de um em apenas algumas centenas de anos.

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