10.04.2008

Para Além...De Mascotes...

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Para Além...De Mascotes...
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...Incontestáveis Terapeutas....


Dia Internacional do Animal
Cães e gatos, esses grandes terapeutas A estimulação sensorial e motora que os animais proporcionam aos seniores é um dos benefícios salientados pelos médicos especialistas em terceira idade. Celebra-se este sábado o Dia Internacional do Animal.

Os cães e os gatos salvaram-na. Quando "Silvesta" entrou lá em casa, acabaram as tromboses e depressões que consumiam Fernanda Dias, uma viúva na terceira idade que actualmente passa a maioria do tempo fora de portas. "Sinto-me melhor de saúde desde que me dedico aos animais. Nos primeiros dez anos que fiquei viúva estive muito mal", lembra nos seus 69 anos, enumerando as tromboses, dores musculares e depressões que a solidão lhe causou. Fernanda diz que acorda todos os dias motivada pela sua "missão" para com os animais. Cuida dos seus, dos de amigos que trabalham todo o dia, dos abandonados nas ruas e ainda de um que o dono foi forçado a deixar em casa quando teve de ir para um lar de idosos. "Quase não paro em casa. A minha vida é um corrupio. Acordo às sete, caminho várias horas por dia para passear os bichos, volto a sair depois do almoço e só volto a casa lá para as oito da noite", conta. "Os animais representam uma fonte inesgotável de afecto, mobilidade e saúde. Movimentam-se mas não falam, logo obrigam-nos a entendê-los, estimulando a nossa audição ou o tacto e também a memória dos sentidos", afirma a geriontologista Maria João Quintela. Procurar o gato que está atrás do sofá, baixar-se para dar o alimento, passear o cão na rua ou levá-lo ao veterinário são pequenos gestos que podem ser estimulantes para quem sente o corpo cansado e pouca motivação para a vida. Maria João Quintela explica que a memória, que se vai perdendo com o passar dos anos, pode ser reavivada pela simples obrigação da lembrança das horas de dar comida ao cão, do recordar com um amigo das façanhas do gato. "Os animais são um agente estimulante da atenção", defende a médica, criticando o facto de a maioria dos lares de idosos portugueses não estar preparados para receber os animais de estimação ou permitir a sua visita esporádica aos donos. "Ir para uma instituição implica separar-se de tudo: dos vizinhos e tarecos até à roupa, e ainda em alguns casos dos animais de estimação. A entrada num lar é como um deserto que os idosos atravessam, numa altura em que estão frágeis", conta a geriontologista. Depois da mudança que os animais trouxeram à sua vida, Fernanda Dias não hesita em dizer que todos os lares deviam ter um animal para ajudar os idosos a viver e lembra a dor de um amigo que deixou ao seu cuidado o animal de estimação que teve de abandonar quando foi para o lar. "Vou lá todos os dias a casa e dou-lhe de comer. O cão ficou lá sozinho. É certo que tem um quintal onde está todo o dia, mas precisa de passear e de alguma companhia", conta.
O lar da Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo, é um dos que promove o contacto dos idosos com animais: cavalos, pássaros e cabras são visitados diariamente pelos idosos que ali vivem e pelos de outras instituições das povoações mais próximas. "Os benefícios são imensos. Não vemos aquele olhar, típico dos lares, de quem espera pela morte. Há uma interacção das pessoas com os animais, comentam o que observam, dão palha aos burros e procuram animais que viram no dia anterior e acharam graça", conta um dos responsáveis pela quinta, Pedro Faria. Além de fomentar a parte motora, este responsável considera que o contacto com os animais é como regressar às origens: "Muitos dos utentes viveram toda a vida no campo e agora podem estar outra vez em contacto com a natureza, com as galinhas, os cavalos ou as cabras". Os animais podem ainda ser uma arma contra o isolamento social. As clínicas veterinárias são muitas vezes um local de encontro e de partilha de experiências, especialmente para os que têm mais tempo disponível. "Aqui à clínica vêm dezenas de idosos, especialmente mulheres. Muitos desabafam e procuram também alguma atenção. Para a maioria dos donos que vivem sózinhos, os animais são como se fosse um filho", afirma a veterinária Ana Marques. Tal como as crianças, os animais são também um pretexto para meter conversa: "Tenho conhecido muita gente por causa dos meus cães. Cruzamo-nos diariamente com outros donos e os seus animais, e gosto daquele bocadinho de conversa", confessa Fernanda Dias. (Com Lusaonline)
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Para Aquém...Do Razoável...

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...Perturbações No Sono A Evitar...



Computador, televisão e telemóveis deviam ser proibidos à noite
A neurologista Teresa Paiva defende que computador, televisão e telemóveis deviam ser totalmente proibidos no quarto das crianças e adolescentes. De acordo com a especialista, estes objectos prejudicam o sono.

Para a especialista em doenças do sono, muitos dos problemas com crianças e adolescentes devem-se a comportamentos errados dos pais, que permitem, por exemplo, que os filhos vejam televisão no quarto e troquem mensagens de telemóvel durante a noite. Passear com as crianças mais pequenas ao fim do dia em ambientes com muita luz artificial, como centros comerciais, é outro hábito censurável, porque a luz desperta o organismo e impede a segregação de uma substância, a melatonina, que favorece o sono. "Os pais chegam a casa muito tarde, muitas vezes às dez da noite e estão a brincar com os filhos até à meia-noite. Depois as crianças levantam-se às 07h00, porque os pais vão trabalhar cedo, e ficam desvairadas de sono", descreveu a médica. "Há um círculo de erros, de vícios terríveis para as crianças", resumiu. Para Teresa Paiva, uma criança com 10 anos deve dormir pelo menos 10 horas por dia e uma de cinco deve fazê-lo durante 12 ou 14 horas. "Hoje em dia as crianças andam a dormir apenas oito horas", calcula, sublinhando que vários estudos mundiais concluíram que a redução do tempo de sono é um "factor de risco independente para a obesidade e hipertensão" nas faixas etárias mais baixas.

“Bom Sono, Boa Vida”
A partir da adolescência surgem outros riscos: fins-de-semana com idas à discoteca até às 06h00, acompanhados de bebidas e drogas. Este ritmo de vida é uma "bomba-relógio", que afecta o ciclo vigília-sono e favorece os acidentes de viação, como descreve Teresa Paiva num livro que será lançado dia 14 de Outubro. Na obra "Bom Sono, Boa Vida", dá a conhecer 77 histórias, contadas na primeira pessoa ou em diálogo, onde estão figurados todos os problemas essenciais do sono, "tanto do normal como do patológico". No fim de cada história (que é um relato ficcional de um caso verdadeiro), a médica dá uma pequena explicação científica da perturbação em causa. Além de esperar que cada pessoa se identifique com alguma das histórias, pretende igualmente sensibilizar os profissionais de saúde. "Quando as pessoas se queixam de problemas no sono, a probabilidade de ninguém lhes ligar nenhuma é grande", lamenta. Teresa Paiva considera que, globalmente, não se atribui ao sono a devida importância enquanto "factor de equilíbrio biológico essencial", sublinhando que existem "88 doenças do sono". (Com Lusaonline)
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