6.08.2008

Para Aquém...dos Pirinéus...

Para Aquém...dos Pirinéus...

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... Para Além da Ameaça de Extinção...


...Lince Ibérico...

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_a espécie em situação mais crítica_
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O mundo treme (sismos abalam vários lugares da terra, bem distanciados uns dos outros, no mínimo três, de amplitudes consideráveis nos últimos dias _ China, Grécia e Argélia, foram notícia nas últimas 48h); os povos agitam-se. Mas "somos a semente das diferenças que queremos ver e viver" ou "objectivos e metas são sonhos com plano e calendário" são aforismos em que alguns ainda acreditam e que nos fazem olhar os dias com outro ânimo...talvez acordar vontades e enfileirar tomadas de posição. E a notícia que se segue pode parecer minúscula face às tragédias com que nos deparamos em volta, mais ou menos próximas, mais ou menos bem "mediatizadas" _correndo o risco de banalizarmos a dor alheia_ mas mesmo assim valiosa pelo germinar de algo que aponta futuro, na tentativa de resgatar o passado...Vejamos:
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Felino mais ameaçado de extinção no mundo

Silves vai ter centro para o lince ibérico

"A primeira pedra do futuro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico é lançada hoje, na Herdade das Santinhas, no concelho algarvio de Silves, assinalando o início da repovoação da espécie em Portugal. O lince ibérico é uma espécie ameaçada pelo homem, prevendo-se que existam pouco mais de cem exemplares em Portugal e Espanha, países que têm um projecto comum para a sua recuperação." (Lusa)

"Os primeiros exemplares para o centro de reprodução de Silves, virão de Doana, na Andaluzia espanhola, prevendo-se que o seu lançamento no meio rural possa ocorrer um 2011. O Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico é um projecto desenvolvido pela Águas do Algarve, com o apoio do Comité de Cria em Cativeiro do Lince Ibérico, e faz parte do programa de medidas de minimização e de compensação ambiental pela construção da Barragem de Odelouca. Além do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince Ibérico, que deverá ficar concluído em Janeiro de 2009, a Herdade das Santinhas irá integrar também uma Estação Ecológica e um projecto de gestão florestal. Instalada numa área de 90 hectares, aquela infra-estrutura assume também especial importância na investigação e protecção de outras espécies existentes no Algarve, nomeadamente nas bacias do Rio Arade e da Ribeira de Odelouca, atendendo à sua multifuncionalidade e à construção de uma Estação Ecológica."(notícias online)
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SITUAÇÃO ACTUAL

Em Portugal as populações actuais de lince ocupam principalmente certas regiões montanhosas, mas também algumas áreas planas do Sul e Centro. Como resultado dessa perda de habitat e da escassez de coelho-bravo, a espécie apresenta no nosso País (à semelhança do que sucede em Espanha) uma distribuição extremamente fragmentada (ver figura), cuja área deverá constituir menos de 10% da distribuição Ibérica. Alguns núcleos portugueses são extremos ocidentais de populações transfronteiriças, nas quais grande parte da área se inclui em território espanhol. Várias ocorrências residuais registam-se em diferentes regiões, reflectindo a distribuição geográfica passada. Actualmente talvez não haja mais de 50 indivíduos em todo o País. As estimativas populacionais mais recentes efectuadas em Espanha referem 1000 a 1200 linces em todo o território, dos quais cerca de metade serão indivíduos adultos.
As principais populações portuguesas de Lince-Ibérico associam-se a quatro regiões nas quais a presença da espécie assenta sobre raízes antigas e é consolidada com dados recentes. (Refere-se aqui apenas o que respeita a uma dessas regiões, pela sua relação com a notícia acima transcrita)
ALGARVE
A ocorrência do felídeo nesta região está ligada às áreas montanhosas de Espinhaço de Cão, Monchique e Caldeirão, estando a população isolada provavelmente desde os anos 40.
O Lince ocupa cerca de 650 Km/quadr., sendo a maior área de ocorrência em Portugal apesar do elevado grau de fragmentação que apresenta. Verifica-se a existência de cinco núcleos principais de ocorrência, ainda conectados por "corredores" de habitat favorável. Estima-se que a população seja constituída por cerca de 20-25 Linces, decrescendo a densidade e os indícios de reprodução de Oeste para Este. As ameaças actuais mais importantes são a escassez de coelho-bravo, as florestações e os incêndios de Verão. Em Portugal são dados ao Lince vários nomes vernáculos, consoante a região. No Algarve, a espécie era originalmente denominada "gato-cravo", "gato-lince" e "liberne".



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Para Além...de uma arte...

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...Para Além de...
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... uma arte ou "hobby"...

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ORIGAMI
_A ARTE DE DOBRAR PAPEL_
...E UM NOVO RECURSO PARA APRENDER GEOMETRIA...
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Apareceu como notícia: "Origami", a antiga arte japonesa de dobragem de papel, pode ser _ e tem sido _ usada como recurso em aulas de Matemática para a aprendizagem da Geometria.
Vi-a num video, complementada com testemunhos de duas professoras que se tinham dedicado a esta arte como "hobby" ( a partir de alguns dos inúmeros blogues sobre o assunto que, parece, têm surgido nos últimos anos) e que reconheceram as suas potencialidades práticas...colocando-a em prática junto dos seus alunos. E estes mostravam-se satisfeitos com a variante, pelo menos mais aderentes aos conteúdos em causa...
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Achei apropriado ir procurar um pouco mais de informação sobre este tema, e trouxe algum do material disponível, este na "Wikipedia" :

(...)
Origami (折り紙) é a
arte japonesa de dobrar o papel. A origem da palavra advém do japonês ori (dobrar) kami (papel), que ao juntar as duas palavras a pronúncia fica "origami". Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel.
No entanto, a cultura do Origami Japonês, que se desenvolve desde o
Período Edo, não é tão restritiva acerca destas definições, por vezes cortando o papel durante a criação do modelo, ou começando com outras formas de papel que não a quadrada (rectangular, circular, etc.). Segundo a cultura japonêsa aquele que fizer mil origamis teria um pedido realizado.

História
Conforme se foram desenvolvendo métodos mais simples de criar papel, o papel foi tornando-se menos caro, e o Origami, cada vez mais uma arte popular. Contudo, os japoneses sempre foram muito cuidadosos em não desperdiçar; guardavam sempre todas as pequenas réstias de papel, e usavam-nas nos seus modelos de origami.
Durante
séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1787 foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata) contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro sagrado do Japão. O Origami tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.
Em
1845 foi publicado outro livro (Kan no mado) que incluía uma coleção de aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa no Japão.
Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel, mas também os
Mouros, no Norte de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais. Da Espanha espalhar-se-ia para a América do Sul. Com as rotas comerciais marítimas, o Origami entra na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.
Origami na Alemanha
Friedrich Froebel _(1782-1852) foi o fundador do
Movimento Kindergarten que iria introduzir as dobragens de papel nas actividades pré-escolares. O Movimento Kindergarten foi levado para o Japão por uma senhora alemã, obtendo considerável aceitação. As dobragens de papel eram ensinadas às crianças e fundiram-se com o tradicional Origami.(...)

E agora ressalto este excerto, de certo modo a ver com a aplicação moderna_ ou mais além disso..._da arte/ciência do "origami":

(...)
Matemática
A prática e o estudo do Origami envolve vários tópicos de relevo da
matemática. Por exemplo, o problema do alisamento da dobragem (se um modelo pode ser desdobrado) tem sido tema de estudo matemático considerável.
A dobragem de um modelo alisável foi provado por
Marshall Bern e Barry Hayes como sendo um problema NP completo [1].
O problema do Origami rígido ("se o papel for substituído por metal será ainda possível construir o modelo?") é de grande importância prática. Por exemplo, a dobragem Miura é uma dobragem rígida que tem sido usada para levar para o
espaço grelhas de painés solares para satélites.(...)

Nota: Aproveito para sugerir a visita ao seguinte site, com apontamentos nesta área:

http://orig4mi.wordpress.com/

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NOTA: Para os interessados, deixo uma pista para 1 video, gentileza da minha colega Isabel, especialista na matéria :

http://www.youtube.com/watch?v=WsTOpPu5ajg&feature=related

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