1.08.2009

Para Além... Do Aquecimento Global...

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Para Além... Do Aquecimento
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Global...

... Fenómeno Essencial Ao Equilibrio
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Climático Reapareceu



"Convecção Oceânica Profunda" reapareceu
A "Convecção Oceânica Profunda" é um fenómeno essencial ao equilibrio climático global: a mistura em profundidade de massas de água no Atlântico Norte, intensificou-se durante o Inverno 2007-2008 de forma "inesperada". (Lusa/siconline)
O fenómeno foi observado por uma equipa internacional de cientistas a 1.800 metros de profundidade no Mar de Labrador (entre o Canadá e a Groenlândia) e a 1.000 metros no Mar de Irminger (entre a Groenlândia e a Islândia) em "níveis de intensidade que não eram atingidos desde 1994", de acordo com resultados de pesquisa publicados na secção online "Geoscience" da revista Nature. A convecção oceânica profunda contribui para a redistribuição de calor entre as regiões polares e equatoriais, contribuindo para o equilibrio climático uma vez que o calor transportado pelas águas dos oceanos é um dos principais factores de influência no clima da Terra. A Corrente do Golfo - que permite, por exemplo, que as costas da Irlanda sejam banhadas por águas temperadas e evita que o norte da Europa fique permanentemente coberto por gelo polar - é resultado e a manifestação mais conhecida da convecção oceânica profunda. A cientista francesa Virginie Thierry, que participou no estudo internacional, diz num comunicado do instituto oceanográfico francês IFREMER que "esta reactivação é inesperada porque desde há vários anos a mistura da água quente com a fria estava a ser feita a profundidades notóriamente menores, que eentre 2001 e 2007 oscilaram entre os 700 e os 1.100 metros, o que poderia ser considerado um sinal do aquecimento global". Dados do IFREMER indicam que em finais dos anos 80 e no início dos anos 90 do século XX a convecção oceânica profunda ocorria a profundidades superiores a 2.000 no Mar de Labrador. O comunicado do instituto oceanográfico francês salienta ainda a importância da convecção oceânica profunda lembrando que é um processo fundamental para a absorção e armazenamento nos fundos oceânicos, "durante séculos", do dióxido de carbono atmosférico, um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa. Atribuindo a renovada intensidade do fenómeno a "temperaturas atmosféricas anormalmente frias no Atlântico norte durante o Inverno 2007-2008 e a condições favoráveis à formação de uma camada de gelo no Mar de Labrador", o IFREMER ressalva, no entanto, que "é mais que provável que a longo prazo a convecção profunda venha a diminuir se a tendência do aquecimento climático global se mantiver". O estudo internacional foi realizado a partir de dados recolhidos por sensores em todos os oceanos do mundo que registam em contínuo a tamperatura e a salinidade das águas desde a superfície até aos 2.000 metros de profundidade.


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