7.31.2008

Para Aquém...Da Mediatização...

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Para Aquém...Da Mediatização...



Quando o luxo vem sem etiqueta...

O indivíduo desce na estação do metropolitano de N.Y. vestindo jeans, camisa e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora de ponta da manhã. Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, avaliado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemóvel no ouvido, "crachá" balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post tinha o objectivo de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. Estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta de "griffe"... (sapoonline)








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7.29.2008

Para Além De...Férias "Lá Fora"...


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Para Além De...Férias "Lá Fora"...

...TURISMO ESPACIAL...



Virgin Galactic apresenta a White Knight Two
A Virgin Galactic quer ser a primeira empresa na história a colocar no espaço a primeira nave de transporte civil. Richard Branson apresentou ao mundo, esta segunda-feira, a nave de transporte do vaivém espacial, a White Knight Two. O multimilionário britânico acredita que nasceu uma nova era na industria espacial.
(siconline)

Foi apresentada ao mundo a primeira nave de transporte civil. Apresentada no deserto do Mojave, na Califórnia, a White Knight Two é o avião que vai transportar o vaivém SpaceShip Two e então lançá-lo rumo ao espaço, a uma altitude de 50 mil pés.
Mais do que uma odisseia no espaço, Richard Branson acena ao nascimento de algo único.
A n
ave agora apresentada é a primeira prova visível do maior projecto industrial de aeronáutica associado a um negócio pioneiro de produtos de luxo. Há muito tempo que o milionário britânico esperava por este dia.

É como dar à luz uma criança”, compara o britânico. ”Este projecto é um desafio. Nada é fácil quando estamos a fazer algo de pioneiro. Mas nasceu um lindo bebé e acho que terá um bom desempenho

Burt Rutan, um dos mais prestigiados engenheiros na arte de rasgar os céus, conseguiu trazer do computador para a pista a nave que ele acredita vai mudar a relação do Homem
com o espaço.
“Nos primeiros 12 anos de operações, poderemos vir a ter 100 mil novos astronautas”, acredita o desenhador. Mas para já, o acesso é reservado a que quem poder pagar 150 mil euros, como o português Mário Ferreira, que comprou uma viagem da Virgin Galactic.
Ainda há quem acredite que tudo isto não passa de uma loucura de um milionário excêntrico. “De certa forma, talvez tenham razão”, responde Branson. Mas logo acrescenta: ”há um ditado que diz que ‘os homens corajosos não vivem para sempre, mas os cautelosos nem sequer vivem’. Acho que temos que de um pouco doidos na vida ou então não há progressos e não há novos desafios a serem ultrapassados
Fabricada em materiais compostos de carbono, a White Knight Two tem duas fuselagens – é no espaço entre ambas que o vaivém é montado –, ligadas por uma única asa com mais de 46 metros. Está previsto que liberte a SpaceShip Two a uma altitude de 50 mil pés (cerca de 16,5 Km). A nave liga então os seus foguetões para acabar a subida ao espaço.
Vão ser produzidas 12 aparelhos para funcionar em todo o Mundo e a Virgin vai construir aeroportos espaciais na Suécia, Espanha e Escócia.
Os testes em terra começam em Agosto e no Outono arrancam testes de voo. Entretanto, terá que ser terminada também a construção da SpaceShip Two, que actualmente está 70% completa e se mantém escondida atrás do pano.

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7.28.2008

Para Além...Do México...



Para Além...Do México...

FESTIVAL OLLIN KAN ESTREIA-SE

AGORA EM PORTUGAL


O Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan abre agora uma nova sede, localizada em Portugal. Numa parceria da Câmara Municipal de Vila do Conde e da Bartilotti Produções, este festival sai pela primeira vez da Cidade do México e abre a sua primeira sede alternativa em território europeu. É o início de um festival que se torna itinerante, levando consigo a mensagem do mundo alternativo a diversas cidades do Planeta. O Festival Ollin Kan Portugal vai ser levado a cabo de 31 de Julho a 02 de Agosto de 2008, durante 3 dias, e dará início a uma importante programação de artistas mexicanos, indianos, africanos, venezuelanos, franceses, espanhóis e portugueses. A cidade de Vila do Conde será a sede deste primeiro Festival. Os concertos irão realizar-se durante os 3 dias do Festival junto ao Cais da Alfândega (em frente à Nau) com 2 palcos que funcionarão alternadamente das 18h00 à 01h00.
Os concertos são gratuitos.
Zé Pedro, dos "Xutos e Pontapés" será o anfitrião da abertura da versão portuguesa deste evento.

O importante festival mexicano Ollin Kan tem agora uma extensão em Portugal, mais precisamente em Vila do Conde (e com ligações a Alcochete e Palmela), onde - entre 31 de Julho e 3 de Agosto - vai decorrer a primeira edição nacional deste evento que conta com concertos da Banda de Tlayacapan (México), Cheik Tidiane Seck (Mali), Paban das Baul (Índia; na foto), Cadência (Espanha), Dazkarieh e Mu (ambos de Portugal), entre muitos outros. O comunicado de apresentação prévia do festival, já a seguir:

«Pela primeira vez Portugal vai receber um dos mais importantes festivais do mundo. Entre 31 de Julho e 3 de Agosto, a cidade de Vila do Conde vai ser a anfitriã do Festival Ollin Kan.
O "Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan" nasceu na cidade do México e tráz-nos a esperança e a fé em nós mesmos, no ser humano e no seu potencial criativo para materializar a beleza, a irmandade o respeito, a paz e a liberdade.
Este Festival move um mundo e nós movemo-nos através das suas latitudes e meridianos, com o impulso de vozes enigmáticas provenientes de terras longínquas e culturas milenares. Movemo-nos guiados por acordes musicais vindos de instrumentos, que com sábia paixão, foram criados pela consciência de povos que nunca antes estiveram tão próximos. Esta é uma das raras oportunidades para conhecer povos e culturas que sempre nos pareceram tão distantes.
O ritmo das percussões, os sons envolventes das cordas e as notas dos instrumentos de sopro, emanam de uma maravilhosa diversidade de instrumentos musicais lendários, cuja própria criação sintetiza a história da humanidade e a sua relação com a terra. Todos juntos viajamos desde as montanhas altas, às imponentes florestas das terras frias, passando pelas férteis planícies de pastores, até aos rios, lagos, mares, cruzando aldeias de pescadores, agricultores e caçadores, até às exuberantes selvas tropicais, passando pelos desertos… enfim por toda a TERRA! Por tudo isto, pensamos que a música e o intercâmbio cultural vão permitir a todos os que se deslocarem a Vila do Conde possam sorrir, dançar, sonhar e reflectir... algo sem preço, sem bolsa de valores e que se traduz simplesmente em LIBERDADE! "


Apresentação

(Breve história do Festival)

O Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan é uma aproximação a um outro olhar, aquele que resistiu e defendeu as suas heranças e alternativas culturais, sendo um dos festivais mais importantes do mundo. O Festival Ollin Kan é assim um encontro vigoroso entre os povos que nos brindam com músicas e danças provenientes de todos os continentes. Sonoridades provenientes do mundo/espaço árabe, flamenco, do fado, da música celta, do reggae, da rumba, da salsa, dos sons jarochos, do Caribe, da música mandinga, do samba, da bossa nova, do tango, da música dos Balcãs e todas as expressões de raiz na sua forma mais pura e nas suas múltiplas fusões com o mundo moderno."
(raizeseantenas.blogspot.com)





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7.26.2008

Para Além...De Outros Dezanove...


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Para Além...De Outros Dezanove...


...E Sem Surpresa...







João Ubaldo Ribeiro


Escritor brasileiro venceu Prémio Camões 2008O escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro foi hoje distinguido com o Prémio Camões 2008, o mais importante galardão atribuído a autores de língua portuguesa.

É o oitavo escritor brasileiro a ser distinguido com este prémio, que na sua edição anterior foi para o português António Lobo Antunes. Instituído pelos governos português e brasileiro em 1988, o Prémio distingue, anualmente, um autor que, pelo conjunto da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua portuguesa. Este ano, o vencedor foi escolhido por um júri de que fazem parte Maria de Fátima Marinho, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Maria Lúcia Lepecki, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Marco Lucchesi, escritor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ruy Espinheira Filho, escritor, jornalista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Meio, poeta e jornalista angolano, e Corsino Fortes, diplomata e presidente da Associação de Escritores Cabo-verdianos. Miguel Torga inaugurou em 1989 - o primeiro ano da atribuição do prémio - a lista dos vencedores. Desde então, foram distinguidos nove autores portugueses, oito brasileiros, um moçambicano e dois angolanos. Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau não viram ainda qualquer dos seus escritores premiado. A mais importante distinção literária As 20 edições do Prémio Camões, a mais importante distinção literária da língua portuguesa, distinguiram nove autores portugueses, oito brasileiros, dois angolanos e um moçambicano. Dos 20 autores, apenas cinco são mulheres e os ficcionistas predominam.(lusa)
Sem especiais polémicas a marcá-lo desde a sua criação, o Prémio sofreu na 18ª edição o seu primeiro "percalço", ao recusar recebê-lo o escritor escolhido pelo júri: o angolano Luandino Vieira.
O autor de "Luuanda" explicaria, algum tempo depois, em Março de 2007, que "pesou muito" na sua decisão o facto de não publicar qualquer livro há longos anos.
"Teria sido uma grande injustiça para os escritores que estavam a editar regularmente", disse na altura à Agência Lusa, à margem da apresentação, em Vila Nova de Cerveira, do romance "O livro dos Rios", com que precisamente pôs termo ao seu prolongando silêncio literário.

Lista dos premiados:
1989 - Miguel Torga (português)
1990 - João Cabral de Mello Neto (brasileiro)
1991 - José Craveirinha (moçambicano)
1992 - Vergílio Ferreira (português)
1993 - Rachel de Queiroz (brasileira)
1994 - Jorge Amado (brasileiro)
1995 - José Saramago (português)
1996 - Eduardo Lourenço (português)
1997 - Artur Carlos Pestana Santos-Pepetela (angolano)
1998 - António Cândido de Mello e Sousa (brasileiro)
1999 - Sophia de Mello Breyner Andresen (portuguesa)
2000 - Autran Dourado (brasileiro)
2001 - Eugénio de Andrade (português)
2002 - Maria Velho da Costa (portuguesa)
2003 - Rubem Fonseca (brasileiro)
2004 - Agustina Bessa-Luís (portuguesa)
2005 - Lygia Fagundes Telles (brasileira)
2006 - Luandino Vieira (angolano)
2007 - António Lobo Antunes (português)
2008 - João Ubaldo Ribeiro (brasileiro)


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Para Além De...Ser Português...


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Para Além De...
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Ser Português...


Lobo Antunes recebeu o
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Prémio Camões 2007

"Sinto orgulho em ser português"
António Lobo Antunes recebeu esta sexta-feira, das mãos dos presidentes de Portugal e do Brasil, o Prémio Camões relativo a 2007. Trata-se do mais importante prémio da Língua portuguesa para um dos mais importantes escritores portugueses. A cerimónia decorreu no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

António Lobo Antunes é, nas palavras do presidente do júri do Prémio Camões, Fernando Martinho, "um dos escritores que melhor cumpre os objectivos" do galardão. A cerimónia de entrega do prémio decorreu nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, com a presença dos presidentes da República de Portugal e do Brasil, respectivamente Aníbal Cavaco Silva e Luiz Inác
io Lula da Silva, e ainda do primeiro-ministro, José Sócrates, e do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro. No seu discurso, o Presidente da República referiu "a originalidade e a invenção" da escrita de Lobo Antunes, cuja obra desde há quase 30 anos "tem-se avolumado e diversificado". O Chefe de Estado aludiu também à internacionalização da obra do escritor, salientando que uma das conclusões da Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), realizada em Lisboa, foi precisamente "a projecção do Português e a sua afirmação no mundo, em termos que permitam aos nossos povos colher os benefícios inerentes", sendo "também uma tarefa e uma responsabilidade". "As conclusões da Cimeira de Chefes de Estado e Governo da CPLP, fixam-nos objectivos claros que implicam o compromisso de todos no reforço dos meios ao serviço da promoção e valorização da Língua Portuguesa. Agora, é preciso passar das palavras aos actos", exortou. Cavaco Silva que felicitou o autor de "Os cus de Judas" citou a escritora brasileira Clarisse Lispector, afirmando: "Eu penso e sinto em Português, e só esta língua me satisfaria" mas, para tal, advertiu Cavaco Silva é necessário "uma verdadeira política da Língua Portuguesa". Também o Presidente do Brasil, Lula da Silva, se referiu às conclusões da Cimeira da CPLP no domínio da Língua salientando que esta cimenta uma comunidade "que está a avançar nos objectivos da convivência pacífica e solidárias entre povos". O Chefe de Estado brasileiro realçou as influências da literatura brasileira, que o laureado leu, e também o seu avô do Pará. "Para os brasileiros, António Lobo Antunes tem um significado especial, pois seu avô era de Belém do Pará e foi influenciado pelos escritores brasileiros", disse. Por seu turno, o autor do "Auto dos Danados", na sua alocução, visivelmente emocionado, afirmou: "Sinto orgulho em ser português". Recordando festivais e prémios literários que ganhou no estrangeiro, o autor de "O meu nome é legião" disse que, ao ver a bandeira nacional içada, sentiu orgulho. "Sentia que não era eu mas um país inteiro que estava ali, o trabalho de gerações de escritores que tem feito da nossa Língua esta coisa extraordinária que é", afirmou. "Escrevo para as pessoas de Língua Portuguesa, são essas que me interessam", sublinhou o escritor, para logo em seguida lembrar um verso do seu poeta favorito - "Esta ditosa Pátria minha amada" - e lembrar a guerra colonial. Lobo Antunes que cumpriu serviço militar entre 1970 e 1973 em Angola, afirmou que mesmo nessa altura os movimentos libertadores e de oposição ao regime português se expressavam em Português. "O Português é uma língua de laços", disse o autor que editará no Outono "Arquipélago da Insónia". Ao longo do seu discurso, Lobo Antunes citou vários escritores e poetas brasileiros e alguns africanos que aprecia e que o influenciaram. Sem gravata, calça de ganga, camisa branca e casaco azul-escuro, falando de improviso, Lobo Antunes disse que se sentia "contente" e "honrado" por receber este prémio. O escritor chamou a atenção para o facto de estarem a surgir "extraordinários escritores" de Língua Portuguesa, que qualificou como "uma matéria plástica espantosa". Citando vários autores de Língua Portuguesa, principalmente já desaparecidos, no seu discurso não esqueceu amigos de longa data, como Eduardo Lourenço, já distinguido com este galardão ou José Eduardo Agualusa que, vaticinou, o virá a receber. À margem do discurso, em declarações aos jornalistas, Lobo Antunes vaticinou que o próximo distinguido com o Prémio Camões, que será conhecido este sábado à tarde, "será um brasileiro, pois isto roda". Não querendo adiantar nomes, afirmou que é amigo de João Ubaldo Ribeiro. "Quando somos amigos de uma pessoa, temos tendência a gostar daquilo que ela escreve", disse Lobo Antunes, referindo-se ao escritor brasileiro. Relativamente ao Acordo Ortográfico, o autor de "Ontem não te vi em Babilónia" afirmou não ter opinião "por não o conhecer" e que continuará "a escrever como até aqui". (Lusa)




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7.23.2008

Para Além...Da China...



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Para Além...Da China...







Sting e Alanis Morissette lançam disco pró-Tibete
«Songs for Tibet» vai ser editado em vésperas da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim
Sting, Moby, Alanis Morissette e outros músicos mundialmente conhecidos emprestam a sua voz ao movimento pró-tibetano num disco que deverá ser lançado na véspera da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, anunciou esta terça-feira a Campanha Internacional pelo Tibete.
Do lote de artistas que colaborarão no disco, intitulado «Songs for Tibet» (Canções para o Tibete), fazem também parte Suzanne Vega e John Mayer.

«Este álbum chamará a atenção para a importância do Tibete, as riquezas da sua cultura e a crise com que o povo tibetano hoje se confronta», declarou um dos artífices do projecto, Michael Wohl, num comunicado.
O disco poderá ser descarregado na Internet a partir de 5 de Agosto, três dias antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos em Pequim, e será posto à venda na semana seguinte.
Wohl, da Fundação da arte da paz que apoia o Dalai Lama, precisou que o calendário para a saída do disco nada deve ao acaso.
«Quisemos exprimir o nosso apoio ao povo tibetano (...) num momento em que todos os olhares do planeta estarão voltados para a China», explicou. (lusa)




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7.19.2008

Para Além...Da Ameaça De Extinção...



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Para Além...Da Ameaça
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De Extinção...




...MIGRAÇÃO ASSISTIDA...



Para impedir a extinção de plantas e animais

cientistas propõem "migração assistida" de espécies . Um grupo internacional de cientistas propõe uma "migração assistida" para impedir a extinção de muitas espécies de plantas e animais ameaçadas pelas alterações climáticas. (Lusa)
Num estudo hoje publicado pela revista Science, cientistas dos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido afirmam que as alterações climáticas e a existência de barreiras criadas pelo homem impedem a migração de muitas espécies que procuram novos locais para viver. Como exemplo, referem algumas aves de zonas montanhosas do sul da Europa que não conseguem emigrar para Norte, em busca de temperaturas mais frias, sem ajuda humana. Segundo os cientistas, a "migração assistida" poderá ser necessária para colonizar novas regiões geográficas à medida que se tornem insustentáveis os habitats de certas espécies. "Quando expus pela primeira vez esta ideia, há cerca de dez anos, muitos ficaram horrorizados", diz Camille Parmesan, professora de Biologia na Universidade do Texas. "Agora, perante a realidade do aquecimento global e o aumento das espécies em perigo ou em extinção devido às alterações climáticas, vejo que existe uma nova disponibilidade da comunidade conservacionista para discutir a possibilidade de ajudar as espécies, mudando-as de sítio". Todavia, antes de se proceder a uma "migração assistida", estes cientistas consideram necessário estudar em profundidade todas as variáveis biológicas. E isso porque a deslocalização de espécies envolve muitos riscos: podem não sobreviver ou tornar-se invasivos ao crescerem desmedidamente sem predadores, em detrimento de espécies nativas dos novos locais. Segundo Chris Thomas, do Departamento de Biologia da Universidade de York, no Reino Unido, a migração assistida de uma espécie poderá ser perigosa para outras, sendo preciso "analisar cuidadosamente as vantagens e desvantagens de cada caso". E Parmesan dá um exemplo: "Podemos assistir passivamente à migração dos recifes de coral, mas seria inaceitável transplantar ursos polares para a Antártida, onde provavelmente causariam a extinção dos pinguins". Chris Thomas recorda que já se realizaram transferências de espécies dentro de uma mesma região geral, entre a França e o Reino Unido, por exemplo, sem que isso tenha causado graves problemas biológicos. "Está cada vez mais perto o momento em que teremos de identificar espécies a precisar de protecção... e começar a tomar medidas", adverte o cientista.






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Para Além...Das Dúvidas Em Portugal...


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Para Além...Das Dúvidas
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Em Portugal...


...Incidente nuclear Em França...




Governo francês exige transparência sobre incidente nuclear
Uma semana depois da fuga de urânio na central nuclear de Tricastin, na região de Drome, no sudeste da França, são ainda inúmeras as questões por esclarecer. O governo exigiu de imediato análises na rede hidrogáfica da região em nome de “uma total transparência”. A filial da Areva, responsável pela gestão da central é acusada de disfuncionamento o que valeu já o afastamento do dir
ector geral.
As investigações internas mostram ter havido uma falta de coordenação visível entre as equipas de trabalho e os responsáveis hierárquicos. A França possui a segunda maior rede do mundo de reactores nucleares – 58, depois dos Estados Unidos, e a produção de electricidade pela energia nuclear representa cerca de 80 por cento do consumo de energia eléctrica no país.
Os deputados Verdes reclamaram uma comissão de inquérito parlamentar sobre as poluições radioactivas constatadas após este incidente. (euronews)

Após acidente em central nuclear, autoridades interditam água e rega
Líquido contendo vestígios de urânio enriquecido vazou hoje de uma central nuclear, no Sul de França, e uma parte escorreu para dois rios, anunciou a agência de segurança nuclear francesa
As autoridades proibiram o consumo de água dos poços em três localidades vizinhas e a rega de cereais a partir dos dois rios. A proibição estendeu-se aos banhos, desportos aquáticos e à pesca.
Uma porta-voz da Agência de Segurança Nuclear, Evangelia Petit, disse que trinta mil litros de uma solução que continha urânio vazaram de uma fábrica na central nuclear de Tricastin, a cerca de 40 quilómetros da histórica cidade de Avignon.
Outro funcionário da agência, Charles-Antoine Louet, disse que o líquido continha 360 quilogramas de urânio natural enriquecido que é apenas ligeiramente radioactivo embora tóxico.
«O risco é pequeno» , assinalou.
Uma parte da solução foi recuperada pela sociedade Socatri, onde ocorreu a fuga, outra diluiu-se nos rios e a terceira não atingiu o lençol freático, explicou o director de segurança das fábricas no Instituto de Radioprotecção e de Segurança Nuclear (IRSN), Thierry Charles.
A fábrica trata materiais e líquidos contaminados com urânio.
O derrame ocorreu às 6h30 (5h30 em Lisboa), durante uma operação de lavagem de um tanque. O líquido escorreu de um reservatório que transbordou. Perdeu-se para a terra e para dois rios, o Gaffiere e o Lauzon, disse a agência.
Desconhece-se, por ora, a causa do vazamento.
A agência de segurança nuclear disse que as concentrações de urânio no Rio Gaffiere eram cerca de mil vezes superiores aos níveis normais, assegurando, contudo, que estavam a diminuir rapidamente.
«É a primeira vez que ocorre um incidente do género» , assegurou Gilles Salgas, responsável da comunicação de Socatri (grupo Areva). A fábrica funciona desde 1975. (Lusa / SOL )




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7.17.2008

Para Aquém...Do Verdadeiro Interesse Nacional...



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Para Aquém...Do Verdadeiro

Interesse Nacional...

...Energia nuclear...


Cavaco Silva defende debate e análise
O Presidente da República defendeu hoje que seja "debatida e estudada" a eventual produção de energia nuclear em Portugal, proposta terça-feira pelo governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio. (Lusa)
"Na camp
anha eleitoral, foi-me feita exactamente essa pergunta. Nessa altura, respondi da seguinte forma: a questão deve ser debatida e deve ser estudada, por forma a encontrar o verdadeiro interesse nacional. Hoje não responderia de forma diferente", afirmou Cavaco Silva, em Celorico de Basto. O chefe de Estado escusou-se a comentar também as opções do Governo em matéria de investimentos em infra-estruturas rodo e ferroviárias, sublinhando que, apesar de ter opinião sobre o assunto, considera que deve abster-se de se pronunciar. "As minhas opiniões são conhecidas do Governo", afirmou, salientando que prefere abster-se de comentar "para que não possa ser acusado de ter partido por aqui ou por outro lado". "Não faço nenhum comentário em relação a um debate que é de natureza político-partidária", referiu, frisando que as suas opiniões "são totalmente independentes" desse debate. Cavaco Silva falava à margem de uma visita a Celorico de Basto, onde se reuniu com os nove presidentes de câmara do Vale do Tâmega, uma das sub-regiões mais deprimidas do país.

Por seu lado,

...o governador do Banco de Portugal quer que Portugal estude as vantagens da energia nuclear e avisou que é uma opção que não pode ser descartada.

Vítor Constâncio afirmou esta terça-feira, no Parlamento, que é preciso reduzir a dependência energética nacional e não deixou esperanças sobre uma redução do preço dos combustíveis: «
A alteração estrutural dos preços de energia está para ficar».
O governador deixou como exemplo o modelo finlandês, um país conhecido pelas suas práticas ecológicas. «
Acho que é uma opção que deve estar em cima da mesa. Basta pensar na Finlândia, um país bem gerido, que iniciou há pouco tempo um programa de construção de centrais nucleares».
Aos microfones TSF, Pedro Sampaio Nunes, que liderou um processo para a construção de uma central nuclear em Portugal, considerou que, neste momento, «a situação é de tal modo crítica, que é necessário ter em linha de conta todas as opções e estudá-las de uma forma rigorosa e correcta». O responsável defendeu o debate nacional sobre o tema e até a realização de um referendo nacional.
Já a Quercus, considera que Vítor Constância deve desconhecer a realidade do nuclear. A associação ambientalista garante que a opção não é benéfica em termos de custo e diz que governador do Banco de Portugal é «ingénuo». (iol)




E o debate sobre energia continua e sobe de tom:


Verdes e BE contestam nuclear, PSD defende que será opção

"Os Verdes" e o BE contestaram hoje a eventual opção pela produção de energia nuclear em Portugal, enquanto o PSD defendeu que o tema "não deve ser tabu" porque será uma opção no futuro. (Lusa)
Especialistas debatem opção pelo nuclear

"O tema não deve ser tabu e deve de uma vez por todas ser discutido porque a tecnologia nuclear há-de ter futuro e há-de ser importante. Não deixará de estar presente no nosso 'mix' energético no futuro", defendeu no Parlamento o deputado do PSD José Eduardo Martins. "Não devemos voltar aos anos 60 e pensar que o nuclear é todo igual, mas também não devemos ir a correr comprar um reactor igual ao da Finlândia", acrescentou o social-democrata. Verdes acusam PS de "abrir todas as portas para o nuclear"O assunto foi levantado pela deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia, que acusou o Governo de estar "a abrir todas as portas para o nuclear na próxima legislatura". "O Governo tem sido muito pouco peremptório relativamente à questão do nuclear", considerou Heloísa Apolónia. A resposta do PS coube à deputada Paula Cristina, que acusou o partido ecologista de ser "contra tudo", sem se referir à questão da energia nuclear. "Não há solução para os resíduos radioactivos""Os Verdes" contestaram a opção pelo nuclear argumentando que não resolve a dependência do sector dos transportes em relação ao petróleo porque as centrais nucleares produzem exclusivamente energia eléctrica e que criaria uma segunda dependência, em relação ao urânio, outra matéria-prima limitada e não renovável. Argumentaram também que uma central nuclear só estaria pronta em 2020, teria um período de vida útil de cerca de 50 anos e custaria no mínimo quatro mil milhões de euros a construir e "o dobro ou o triplo" a desmantelar. "Não há solução para os resíduos radioactivos e eles são de uma perigosidade extremamente elevada", apontou ainda Heloísa Apolónia, assinalando "o problema que a Espanha tem tido com o depósito de resíduos radioactivos". "Enquanto a Espanha, a Alemanha, a Suécia recuam no nuclear, vamos nós dar um primeiro passo para implantar nuclear em Portugal?", interrogou a deputada, alegando que o que motiva empresários para a energia nuclear são "as oportunidades de novos negócios que alguns gostavam de realizar, para acumular mais umas fortunas". A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Alda Macedo concordou que "o nuclear é uma solução que não é solução nenhuma porque é uma fonte de energia extremamente cara e perigosa", que "não resolve as carências de energia do sector não eléctrico".


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7.16.2008

Para Além...Dos Resultados Eleitorais...



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Para Além...Dos Resultados

Eleitorais...




...NOVAS ESPERANÇAS...




Obama promete pôr fim à guerra no Iraque de forma “responsável” se for eleito presidente dos Estados Unidos.
O candidato democrata pretende provar aos eleitores que pode ser um bom chefe das Forças Armadas.
O discurso desta terça-feira centrou-se nas questões militares:
Darei uma nova missão aos militares no meu primeiro dia no cargo. Sejamos claros, teremos de ser tão cuidadosos na retirada do Iraque como fomos descuidados na entrada. Podemos reorganizar as nossas brigadas de combate de forma a que possam sair em dezasseis meses.A frente central da guerra contra o terrorismo não é nem nunca foi o Iraque. O segundo objectivo da minha nova estratégia é combater a Al Qaeda no Afeganistão e no Paquistão”.
Barack Obama tem nove pontos de vantagem sobre John McCain mas a questão militar é um dos seus calcanhares de aquiles. Apenas 48% dos eleitores vêem o senador do Illinois como um bom comandante das Forças Armadas.(euronewsonline)

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7.14.2008

Para Além...Do Degelo no Árctico...

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Para Além...Do Degelo

no Árctico...


...SUBIDA DOS OCEANOS...



Oceanos subirão durante séculos mesmo reduzindo gases
O esforço para minimizar a emissão de gases com efeitos de estufa ajudará a abrandar o aumento do nível do mar mas será impossível detê-lo durante séculos, afirma Catia Motta Domingues, uma investigadora na área do clima que é neta de portugueses mas trabalha na Austrália. (Lusa)

Em declarações à agência Lusa a partir de Hobart, na Tasmânia, a investigadora afirmou que "o oceano e os mantos de gelo têm longos tempos de resposta, pelo que, por mais bem sucedidos que agora sejamos a minimizar a emissão de gases com efeitos de estufa, apenas vamos conseguir abrandar o aumento do nível do mar". "Não vamos conseguir parar esse aumento durante séculos, pois este deve-se a antigas emissões de gases com efeito de estufa provenientes da actividade humana", esclareceu Catia Domingues, do Centro Australiano de Investigação sobre o Clima, alertando que "teremos de nos adaptar às consequências". Citando o climatologista Gerald Meehl, a cientista de 36 anos, que nasceu em São Paulo mas vive na Austrália desde 1998, tendo dupla nacionalidade, lembrou que, "mesmo que se mantivessem as emissões de gases com efeito de estufa ao nível de 2000, os oceanos subiriam cerca de 11 centímetros neste século". A informação neste domínio tem sido bastante variável, com alguns especialistas a preverem uma subida de 80 centímetros no nível do mar dentro de quatro décadas (até 2050) e outros a estimarem que esse aumento ocorrerá ao longo dos próximos três séculos (até 2300). Catia Motta Domingues explicou à Lusa que "a expansão termal dos oceanos é um dos processos que contribui para o aumento do nível do mar observado nas últimas décadas" e para calcular essa expansão é necessário "saber quanto calor se foi acumulando nos oceanos", nomeadamente medindo a temperatura da água a várias profundidades. A este fenómeno há que somar outros processos, como "o derretimento dos glaciares, das calotas polares e dos mantos de gelo", acrescentou, assinalando que, como mais de 90% do calor excessivo que fica retido no planeta está armazenado nos oceanos, obter medições rigorosas destas grandes massas de água "é muito importante para melhorar a compreensão do sistema climático". Num estudo divulgado recentemente, o Centro Australiano de Investigação sobre o Clima, trabalhando em parceria com o Centro de Investigação Cooperativa sobre o Clima e Ecossistema Antárcticos (Austrália) e o Laboratório Nacional Lawrence Livermore (EUA), concluiu que, entre 1961 e 2003, o aumento anual do nível do mar foi de 0,53 milímetros, ou seja, praticamente o dobro das estimativas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (conhecido pela sigla inglesa IPCC), que apontava para os 0,32 milímetros por ano. "Descobrimos que, nas últimas quatro décadas, os oceanos têm absorvido calor, expandido e subido a um ritmo 50% mais rápido do que o relatado pelo IPCC", assinalou Catia Domingues, revelando que a pesquisa tem sido realizada nos vários oceanos mas com particular incidência no Índico, no Pacífico e no Antárctico, circundantes da Austrália. De acordo com a investigadora, a diferença face ao IPCC deve-se ao facto de, neste novo estudo, terem sido tidos em conta os desvios que ocorrem em cerca de 70% dos dados de temperatura oceânica, o que, combinado com técnicas de análise mais sofisticadas, permitiu obter "taxas muito mais fiáveis e rigorosas sobre o aquecimento global dos oceanos, a sua expansão termal e o aumento do nível do mar". "Uma das principais incertezas no relatório do IPCC em 2007 prendia-se com o facto de os modelos climáticos não simularem a grande variação do aquecimento oceânico observada durante os anos 70 e 80", contou Catia Domingues, adiantando que, "durante anos debateu-se se a falha residia nos modelos usados ou nos dados resultantes das observações". "O nosso estudo revelou que o problema se devia aos erros nos dados recolhidos pelas sondas XBT (criadas no final da década de 60 e muito usadas para medições oceânicas), o que dá maior credibilidade à forma como os modelos climáticos simulam o grau de aquecimento dos oceanos, aumentando a confiança nos modelos usados para prever aumentos do nível do mar resultantes de acumulação de calor", declarou à Lusa. Por seu turno, as previsões irão "ajudar a delinear medidas para reduzir os impactos e a desenvolver estratégias para uma adaptação bem sucedida", salientou. Catia Domingues considera que o facto de "muitas das grandes cidades se situarem no litoral e estarem em rápida expansão" torna a questão do aumento do nível do mar "cada vez mais premente", sendo fundamental "desenvolver parcerias fortes entre ciência, governos, empresas e as comunidades" para enfrentar o problema. Com dois avós portugueses, a cientista referiu alguns dos impactos mais prováveis da subida das águas nos países com uma extensa costa oceânica, de que são exemplo Portugal e o Brasil. Inundação das zonas litorais baixas, erosão das praias, entrada de água salgada nos aquíferos costeiros, deltas e estuários, prejuízos em ecossistemas costeiros, em recursos aquáticos e em infra-estruturas litorais foram alguns dos danos apontados por Catia Domingues e estimados pela cientista em "vários milhões de euros". Além de algumas das principais cidades do mundo, situadas na faixa litoral, estão em grande risco "as regiões costeiras com muita população, as pequenas ilhas, especialmente atóis, e as praias arenosas com grandes empreendimentos". Acreditando que ter uma melhor noção do aumento e variação do nível do mar vai permitir um planeamento e gestão mais eficazes do litoral, Catia Motta Domingues defende que os estragos potenciais podem ser minimizados através de melhores regras de construção, incluindo "limitações ao onde, o quê e como se pode construir".






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7.13.2008

Para Além Da...União Para O Mediterrâneo...



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Para Além Da...União
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Para O Mediterrâneo...


...RELANÇAMENTO DO PROCESSO DE PAZ

NO MÉDIO ORIENTE...


União para o Mediterrâneo
Cimeira marcada pelo processo de paz no Médio Oriente
O processo de paz no Médio Oriente e o relançamento das relações diplomáticas entre a Síria e Israel marcaram a cimeira de lançamento da União para o Mediterrâneo, que se realizou hoje em Paris.

O chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, que co-presidiu à cimeira com o seu homólogo egípcio, Hosni Mubarak, conseguiu reunir à mesma mesa, no majestoso Grand Palais, dirigentes políticos das duas margens do Mediterrâneo, entre os quais israelitas e árabes, em nome de "um mar comum". Sarkozy e Mubarak reforçaram a ideia de que a União para o Mediterrâneo deve fixar uma nova dinâmica para os países mediterrânicos, baseada na "paridade e igualdade e no poder de decisão exercido em comum" entre o norte e o sul. O presidente egípcio pediu ainda a israelitas e palestinianos para continuarem com as negociações de modo a virarem "uma nova página de paz na região do Médio Oriente". A cimeira conseguiu juntar à mesma mesa, ainda que em lugares distantes, o presidente da Síria, Bachar al-Assad, e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que encetaram negociações indirectas, mediadas pela Turquia. Não chegaram a cumprimentar-se - seria um gesto histórico -, mas estiveram a pouca distância um do outro, tendo entre eles o presidente da autoridade palestiniana, Mahmoud Abbas. O presidente sírio disse que o seu país "quer progressos no diálogo com Israel", mas considerou que isso é pouco provável enquanto a actual administração americana estiver no poder. Durante os trabalhos da cimeira, houve também progressos nas relações entre a Síria e o Líbano, que, segundo o presidente francês, concordaram em abrir embaixadas nos dois países, um passo nas relações diplomáticas que Nicolas Sarkozy apelidou de "vontade histórica". A Síria e o Líbano nunca tiveram relações diplomáticas desde a independência destes dois países vizinhos, há mais de 60 anos, que antes eram administrados por França. Na cimeira, para a qual estiveram destacados cerca de mil jornalistas e foram mobilizados mais de seis mil polícias, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, sublinhou o "horizonte comum" entre as duas margens do Mediterrâneo e garantiu que esse horizonte é "uma prioridade para toda a União Europeia". A ideia da União para o Mediterrâneo - lançada por Sarkozy há mais de um ano - é dar um novo impulso ao Processo de Barcelona, lançado pela UE em 1995 com o objectivo de criar uma zona de estabilidade, prosperidade e segurança em toda a região. A União para o Mediterrâneo terá uma co-presidência com a duração de dois anos, repartida entre um país do norte e outro do sul. Depois de França-Egipto, a União para o Mediterrâneo deverá ser presidida por Espanha e Chipre, sendo necessário ainda esperar por uma clarificação do Tratado de Lisboa. O secretariado-geral terá cerca de vinte elementos, representativos dos países do norte e do sul e a escolha da sede, que tem Barcelona, Malta, Marrocos e Tunes como candidatas, será decidida em Novembro, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos membros da União para o Mediterrâneo.





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7.12.2008

Para Além ... De Prosa...

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Para Além ... De Prosa...
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...Homenagem a Jorge de Sena...



Saramago quer mais poesia estudada nas escolas
O escritor José Saramago defendeu na noite de quinta-feira, em Lisboa, que a poesia portuguesa seja mais estudada nas escolas, dando como exemplo o poeta Jorge de Sena como um dos autores que deveria figurar entre os de leitura obrigatória. (Lusa)


"Têm-me dito que são sobretudo os romances a surgir nas leituras obrigatórias nas escolas. É tempo de dar passo à poesia", apelou o Nobel da Literatura durante uma sessão de homenagem a Jorge de Sena realizada quinta-feira à noite no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), promovida pela Fundação José Saramago, e que contou com a presença do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, e ainda diversos especialistas da obra de Jorge de Sena como Eduardo Lourenço, Vítor Aguiar e Silva e Jorge Fazenda Lourenço. Perante uma audiência que encheu totalmente o Salão Nobre do TNSC, Saramago justificou a escolha de Jorge de Sena para a sessão/debate intitulada "Um Regresso": "É um grande poeta, um grande escritor, uma grande cabeça e um grande coração", sublinhou, sobre o autor nascido em Lisboa, em 1919, e falecido nos Estados Unidos em 1978. Considerado um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura portuguesa do século XX, exilou-se no Brasil em 1959 e foi viver para os Estados Unidos em 1965, onde leccionou literatura. São da sua autoria, entre uma vasta obra de poesia, ficção, teatro e ensaio, "Metamorfoses", "Arte de Música" e "Peregrinatio ad Loca Infecta". Estava prevista a leitura de uma mensagem da viúva, Mécia de Sena, mas Saramago explicou que tal não foi possível porque os incêndios que têm devastado Santa Bárbara (Califórnia), onde reside, obrigaram-na a abandonar a residência habitual, que esteve ameaçada pelo fogo. O Nobel da Literatura recordou a condição de exilado do escritor homenageado e lamentou que tenha sido "injustamente pouco divulgado" em Portugal: "Ele amava com desespero a sua pátria. Sentia como poucos o significado do desencontro entre um cidadão e a sua pátria." Saramago considerou ainda que Portugal "teve a sorte" de ver nascer uma personalidade como Jorge de Sena, "que remou contra a mediocridade e a apatia de que o país tantas vezes tem dado mostras. Ele tinha uma grande qualidade: era incómodo". Sobre o título da sessão - "Um Regresso" - fez questão de sublinhar que o poeta, "embora ausente, nunca deixou de estar presente". "Deixou-nos a sua obra. Resta-nos a nós captar, perceber e integrar" o seu legado, observou, sugerindo, por outro lado, que alguma editora poderia reuni-lo e publicá-lo, porque, no seu entender, "a dispersão dos livros por várias editoras é prejudicial." Na sua intervenção, António Mega Ferreira destacou que Jorge de Sena "foi acima de tudo um agitador das ideias feitas do século XX" e terminou com um apelo: "Leiam-no e amem-no!" O ensaísta Eduardo Lourenço, que foi amigo de Jorge de Sena, recordou-o como um autor "com um conhecimento raro da poesia portuguesa" e "alguém que retomou a herança da poesia _ nomeadamente Camões e Fernando Pessoa - e a reinterpretou". "Ele foi, por outro lado, demasiado sensível à violência do mundo. Qualquer dos seus poemas exprime esse combate", acrescentou o escritor cuja correspondência com Jorge de Sena se encontra publicada. Muito aplaudidas pelo público _ onde se encontravam editores, amigos e figuras públicas da área da cultura _ as intervenções dos oradores foram presenteadas com chaves oferecidas por José Saramago "para abrir todas as portas à obra de Jorge de Sena". O Nobel da Literatura anunciou que a Fundação com o seu nome irá promover futuramente sessões semelhantes sobre os escritores José Rodrigues Miguéis, Raúl Brandão e Almada Negreiros.
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Génesis


De mim não falo mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
Pois nasce e morre em cada madrugada.

Nem de existir, que é a vida atraiçoada,
Para sentir o tempo andar comigo;
Nem de viver, que é liberdade errada,
E foge todo o Amor quando o persigo.

Por mais justiça ..._Ai quantos que eram novos
Em vâo a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusâo dos povos!

Não há verdade: O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais, todos mentiram.

Jorge de Sena

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7.10.2008

Para Além... De Conflituosidades...

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Para Além... De Conflituosidades...

...Aliança das Civilizações...

Jorge Sampaio reúne-se com Aga Khan
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio e o príncipe Aga Khan, líder institucional e espiritual dos muçulmanos ismaelitas, reuniram-se, hoje, em Lisboa para falar sobre "a importância da Aliança das Civilizações". (Lusa
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"O encontro serviu para ver como é que sua alteza vê em cada momento a Aliança das Civilizações e o que, porventura, se pode vir a fazer em conjunto no futuro", explicou Jorge Sampaio, actual Alto-comissário da ONU para a Aliança das Civilizações. À saída do encontro, que teve lugar no Hotel Ritz, em Lisboa, o antigo Presidente da República sublinhou que a "visão de Aga Khan e aquilo que ele representa são muito importantes no contexto da Aliança das Civilizações para o pluralismo e a gestão da diversidade cultural e do diálogo intercultural". "Actualmente existe um grande desafio e há um grande caminho por percorrer. Para começar é preciso encontrar soluções políticas para os problemas políticos", afirmou, sublinhando que "o diálogo sobre a diversidade cultural pode ser um antes e depois" para a solução política de processos difíceis. Jorge Sampaio destacou a necessidade de "encontrar coisas concretas
e definitivas que contribuam para a melhoria da situação de cada um, sobretudo naqueles locais e sítios onde há conflitos de maior envergadura". "Quando a miséria grassa, o petróleo sobe, tudo isto abana. E abana também a conflituosidade que não pode ser resolvida através de uma forma simplista", explicou o actual Alto-Comissário da ONU para a Aliança das Civilizações. Questionado pela Lusa sobre os ensaios de mísseis iranianos no Golfo Pérsico dos últimos dias, Jorge Sampaio recusou fazer qualquer comentário. A visita do Aga Khan a Portugal, que decorre até à próxima segunda-feira a convite do governo português, enquadra-se numa série de deslocações a diversas partes do mundo para assinalar o ano do seu jubileu de ouro - o 50º aniversário desde que se tornou Imam, líder espiritual dos muçulmanos Shia Imami Ismaili, uma comunidade de 15 milhões de muçulmanos, dos quais oito mil estão actualmente a viver em Portugal.
Aga Khan recordou "as épocas verdadeiramente gloriosas da história humana, quando os mundos muçulmano e judaico-cristão desenvolveram elos construtivos".

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Líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas
Aga Khan distinguido como líder de paz durante doutoramento em Évora

O príncipe Aga Khan, líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas, recebeu hoje o grau de doutor "honoris causa" pela Universidade de Évora, tendo o seu patrono Adriano Moreira considerado o distinguido como "líder da paz".Durante a intervenção, o também presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior, Adriano Moreira, abordou o actual momento de conflitos religiosos, realçando as qualidades de Aga Khan na promoção do desenvolvimento e da paz. O Presidente da República, Jorge Sampaio, também esteve presente na cerimónia. Aga Khan, líder espiritual dos muçulmanos Shia Imami Ismaili - um dos três ramos do xiismo - e descendente directo do profeta Maomé, é fundador e presidente da Rede de Desenvolvimento Aga Khan (Aga Khan Development Network). Esta é uma das maiores organizações privadas para o desenvolvimento do mundo e tem por missão responder aos problemas da pobreza e exclusão social, desenvolvendo a sua actividade na África subsaariana, na Ásia central e do Sul e no Médio Oriente. Por seu lado, o reitor da Universidade de Évora, Manuel Ferreira Patrício, enalteceu a "envergadura ética e sentido de fraternidade universal" do líder espiritual, sublinhando os vastos recursos despendidos para o desenvolvimento em prol do "pluralismo social e da paz" pela Rede Aga Khan. É uma "extraordinária obra de ajuda económica, social, cultural e educativa, que desde a idade dos 20 anos desenvolve à escala inter-continental", considerou Manuel Ferreira Patrício.Para o reitor da Universidade de Évora, a biografia do príncipe Aga Khan "é a demonstração viva dessa vocação de construtor de pontes entre civilizações e culturas e particularmente entre o Oriente e o Ocidente"."A universidade deve saber honrar quem superiormente serve o homem na sabedoria, na paz e na solidariedade humana, aumentando no mundo a riqueza representada pela verdade, a beleza e o bem", afirmou o mesmo responsável, durante a intervenção que antecedeu a imposição das insígnias doutorais. Durante o discurso de aceitação do doutoramento, Aga Khan afirmou ser "um privilégio estar associado a uma universidade que se manteve fiel por tantos séculos ao princípio de que os frutos da educação e da aprendizagem são para estarem ao serviço da humanidade".Para o líder espiritual, os laços entre o "imamato ismaelita e a sua comunidade e a República e as gentes de Portugal" são fortes e "estão enraizados num sentido de responsabilidade partilhada na luta em prol de bem comum".Aga Khan recordou "as épocas verdadeiramente gloriosas da história humana, quando os mundos muçulmano e judaico-cristão desenvolveram elos construtivos, enriquecendo as suas civilizações e capacitando as suas instituições de ensino superior com novas fontes de conhecimento" para defender os valores do pluralismo. Aga Khan (ou senhor nobre) é um título hereditário honorário atribuído nos anos 30 a Aga Hassanaly Shah _ 46º líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas _ pelo xá da Pérsia. A Rede Aga Khan é um grupo de instituições privadas internacionais, não-confessionais, que operam no sentido de melhorar as condições de vida e o acesso de oportunidades em algumas das regiões mais pobres do mundo em vias desenvolvimento. As organizações da Aga Khan Development Network abarcam desde a saúde e educação à arquitectura, passando pelo desenvolvimento rural e a promoção do empreendedorismo do sector privado.(Lusa)



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7.09.2008

Para Além de...2020 _ Regresso à Lua...

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Para Além de...2020 _ Regresso.

à Lua...

Geólogos analisaram amostras de rochas vulcânicas
Lua era muito rica em água na sua origem


A Lua era muito rica em água quando se formou e tem ainda vestígios dela à superfície, segundo demonstram três geólogos num estudo publicado na edição de quinta-feira da revista científica britânica Nature. (Lusa)


Os geólogos analisaram amostras de rochas vulcânicas, chamadas "vidros", recolhidas nas missões Apollo 11, 15 e 17, tendo concluído que diferem na sua composição geoquímica dos meteoritos e dos cometas, e que contêm toda uma variedade de elementos voláteis, entre os quais a água. Até agora, a teoria prevalecente explicava a presença de eventuais vestígios de água perto dos pólos da Lua com o impacto de meteoritos ou cometas. Erik Hauri, da Carnegie Institution de Washington, e colegas chegaram à ideia de uma presença original da água graças a um novo método de espectrometria de massa capaz de revelar a presença de água em muito pouca quantidade. Os geólogos calcularam a seguir que o manto e a crosta da Lua contiveram, na sua formação, há cerca de 4,5 mil milhões de anos, uma quantidade de água comparável à da Terra. "Estes resultados suscitam numerosas questões", escreveu num comentário publicado na Nature o geólogo francês Marc Chaussidon. "Que aconteceu a toda essa água durante a formação da Lua? E se a Lua não é totalmente seca, de onde vem essa água?"Actualmente, a maior parte da água da Lua evaporou-se no espaço, nomeadamente devido às temperaturas diurnas muito elevadas à sua superfície, que podem ultrapassar 100 graus. "Cerca de 95% do vapor de água do magma dispersou-se no espaço durante a desgasificação" dos vulcões, "mas vestígios de vapor de água dirigiram-se para os pólos frios da Lua, onde se fixaram sob a forma de gelo à sombra das crateras", lê-se num comunicado da Universidade de Brown, onde trabalha Alberto Saal, um dos autores do estudo. A detecção de gelo será uma das missões da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA, que irá cartografar com grande precisão a superfície da Lua para preparar um recomeço dos voos tripulados com 2020 como horizonte.


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7.08.2008

Para Além...De Proposta (?)...


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Para Além...De Proposta (?)...



Proposta da Comissão Europeia
Escolas poderão vir a ter frutas e legumes gratuitos

A Comissão Europeia propôs, hoje, a criação de um programa, à escala da UE, destinado a distribuir, a título gratuito, frutas e legumes às crianças das escolas. Um financiamento europeu no valor de 90 milhões de euros anuais permitirá garantir a compra e distribuição nas escolas de frutas e legumes frescos, sendo esta verba completada por financiamentos nacionais nos Estados-Membros que optarem por participar no programa. (SIC)

A Comissão Europeia considera que esta proposta pode ir de encontro às metas estabelecidas na "Estratégia europeia sobre alimentação, excesso de peso e obesidade e problemas de saúde conexos", e será agora enviada ao Conselho e ao Parlamento Europeu. O programa de distribuição de fruta nas escolas destina-se a promover junto dos jovens hábitos alimentares saudáveis que, de acordo com os estudos realizados, têm tendência a manter-se ao longo da vida. Para além de permitir distribuir frutas e legumes a título gratuito, o programa exigirá por parte dos Estados Membros participantes a elaboração de estratégias nacionais, que incluam iniciativas educativas e de sensibilização e a partilha das melhores práticas. Criar novos hábitos para combater ciclo de obesidade. Cerca de 22 milhões crianças da UE têm excesso de peso, mais de 5 milhões das quais são obesas, devendo este valor registar um aumento de 400 mil por ano. A melhoria da alimentação pode desempenhar um papel importante na luta contra este problema. "Esta proposta mostra que estamos decididos a tomar medidas concretas de luta contra a obesidade", declarou Mariann Fischer Boel, comissária responsável pela agricultura e pelo desenvolvimento rural. "É fundamental incutir nas crianças, desde a mais tenra idade, bons hábitos, que serão mantidos ao longo da vida. São muitas as crianças à nossa volta que não comem frutas e legumes em quantidades suficientes e que, frequentemente, nem sabem apreciar o seu sabor. Basta passear em qualquer grande avenida da Europa para observar a dimensão dos problemas que enfrentamos relacionados com o excesso de peso das crianças. Chegou o momento de tomarmos medidas", acrescentou. A Organização Mundial de Saúde recomenda um consumo líquido diário de 400 gr de frutas e legumes por pessoa. A maioria dos europeus não atinge este objectivo e a tendência para a baixa é especialmente evidente entre os jovens. Os estudos demonstram que é na infância que se adquirem hábitos alimentares saudáveis. As pessoas que, durante a infância, comem quantidades consideráveis de frutas e legumes continuarão a ser bons consumidores, ao passo que as que comem pequenas quantidades tendem a manter os seus hábitos e a transmiti-los aos seus próprios filhos.

A investigação mostrou também que as famílias com um nível de rendimento mais baixo tendem a consumir menos frutas e legumes. Assim, a distribuição gratuita destes produtos saudáveis nas escolas pode representar uma verdadeira mudança, designadamente em regiões menos favorecidas.


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Para Aquém...De Tempo Útil...

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Para Aquém...De Tempo Útil...


Alterações climáticas,
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o grande problema ambiental

do séc. XXI



G8 no Japão: petróleo e alterações climáticas dominaram o encontro.
G8 "enterrou a cabeça na areia", acusa Quercus
A associação ambientalista Quercus acusou hoje os países do G8 de enterrarem a cabeça na areia aos assumirem metas de redução de emissões poluentes apenas para 2050, quando o deviam ter feito já para 2020.
Os dirigentes dos países mais industrializados do mundo (G8) chegaram hoje a acordo em Toyako, norte do Japão, sobre a necessidade de uma redução até 2050 de "pelo menos 50 por cento" das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. Numa declaração sobre as alterações climáticas, o G8 acordou também numa definição ulterior, país por país, de objectivos a médio prazo. Para o dirigente da Quercus, Francisco Ferreira, o importante teria sido estabelecer uma meta para a redução das emissões dentro de 12 anos, uma data que a Convenção da ONU para as Alterações Climáticas considera prioritária para inverter o problema do aquecimento do Planeta, causado pela emissão de gases com efeito de estufa, sobretudo pelo dióxido de carbono. "Além de não assumirem uma meta de curto prazo, a meta de reduzir as emissões em metade em 2005 não é suficientemente ambiciosa", declarou à agência Lusa o responsável da Quercus e especialista em poluição e qualidade do ar. Segundo os ambientalistas, "a meta para 2050 deveria estar entre os 60 e os 80 por cento de redução de emissões de gases com efeito de estufa relativamente aos valores de 1990". A cimeira do G8, que decorre no Japão, focou ainda as questões energéticas e a crise alimentar. Sobre o problema energético, a Quercus considera que "nada de novo há no horizonte", sublinhando a necessidade de concretizar as energias renováveis e a questão da eficiência energética. "Estes são os investimentos a seguir e não o nuclear, que alguns países do G8 estão a ressuscitar", frisou Francisco Ferreira. O especialista português destaca ainda que o mundo aguarda "com expectativa" a nova mudança na administração norte-americana, que deverá ter "uma postura diferente" em relação à questão climática. O G8 é constituído pelo Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Rússia e Estados Unidos, país que recusou ratificar o Protocolo de Quioto, o acordo global de luta contra as alterações climáticas


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AINDA: ...ALÉM...DO ACORDO
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...e do "papel motor"...

Acordo na Cimeira do G8: Redução de 50% das emissões de gases com efeito de estufa
Os dirigentes dos países mais industrializados do mundo chegaram hoje a acordo sobre a necessidade de uma redução até 2050 de "pelo menos 50%" das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.

Numa declaração sobre as alterações climáticas, o G8 acordou também numa definição ulterior, país por país, de objectivos a médio prazo. O G8, incluindo os Estados Unidos, deseja "encarar e adoptar, em negociações sob a égide da ONU, o objectivo da reduzir pelo menos 50% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa daqui até 2050, reconhecendo que este desafio mundial só pode ser vencido com uma resposta global", lê-se no texto. Chegar a isso "exigirá objectivos a médio prazo e planos nacionais" de redução das emissões, acrescenta. Estes planos, a adoptar por cada país, "poderão reflectir diversas abordagens". No ano passado, em Heiligendamm (Alemanha), o G8 limitou-se a chegar a acordo para "encarar seriamente" uma redução para metade das emissões poluentes até meados do século. Os Oito sublinharam também a importância de fixar "objectivos a médio prazo e planos nacionais" de redução das emissões, definidos país por país, sem no entanto especificar datas para esse "médio prazo" ou o valor numérico das reduções a atingir. A União Europeia visa uma diminuição das suas emissões de 20% ou menos até 2020, data que a UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas) desejava ter visto também figurar na declaração de Toyako. O texto insiste na necessária "contribuição de todas as principais economias", nomeadamente dos países emergentes, como a China e a Índia, o que sempre constituiu uma reivindicação da administração norte-americana. Ao mesmo tempo, o G8 reconheceu que cabe às economias desenvolvidas desempenhar um "papel motor" na luta contra o aquecimento global. Numa primeira reacção, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considerou que este acordo "mantém o mundo nos carris para um acordo mundial em 2009", na conferência da ONU sobre clima em Copenhaga. "Os critérios de êxito da UE para essa cimeira foram cumpridos", congratulou-se Durão Barroso.


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