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Computador relança polémica
Localidades reivindicam ser terra natal de Fernão de Magalhães
A distribuição dos computadores “Magalhães” em escolas relançou a polémica sobre a naturalidade do navegador Fernão de Magalhães. Ponte da Barca, no Minho e Sa
brosa, em Trás-os-Montes, reclamam serem a terra natal.O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Vassalo Abreu, afirma que "a ciência histórica provou, até ao momento, com base no testemunho de muita gente, que Fernão de Magalhães é natural de Entre Douro e Minho". Segundo referiu, diversos historiadores, entre os quais Veríssimo Serrão e Queiroz Veloso, "provaram com absoluta certeza que Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa". "Provaram ainda quase com absoluta certeza que ele é natural de Ponte da Barca", acrescentou o autarca, segundo o qual há uma enorme probabilidade do navegador ter nascido na Casa do Paço, na freguesia de Paço Vedro de Magalhães. O próprio nome da freguesia "deve-se ao navegador, que lá terá nascido", frisou o autarca. O presidente da autarquia, para quem "a História moderna não se compadece com desvios de rigor", disse que "hoje ninguém tem dúvida de que o documento" que atribui a naturalidade de Fernão de Magalhães a Sabrosa "foi forjado". "O projecto do computador Magalhães e todas as demais iniciativas que honrem o nome do navegador devem ter em conta a questão da memória. Da memória colectiva. Da universalidade do navegador", sublinhou o autarca. Vassalo Abreu lamentou que Sabrosa insista em reivindicar a origem do navegador, afirmando que "há muito que nenhum historiador minimamente sério sequer encara a hipótese dele ter lá nascido". Disse ainda que Fernão de Magalhães vai dar nome a uma nova praça e a um centro de estudos e exposições sobre os Descobrimentos. O presidente da Câmara de Sabrosa, José Marques, afirmou que o nome de Fernão Magalhães está directamente ligado à identidade cultural deste concelho transmontano. Acrescentou ainda que desde o século XVI vários investigadores referenciam Sabrosa como a terra natal do navegador, onde inclusive ainda existe uma casa que possui o brasão de Magalhães, mandado picar pelo rei D. Manuel. José Marques, que se recusa entrar em polémicas com outros municípios, considera que esta é uma situação que dificilmente se conseguirá comprovar e salienta que o que Sabrosa pretende é homenagear e dar a conhecer o navegador. Nesse sentido, a autarquia quer construir o Centro de Interpretação Fernão Magalhães, um projecto que poderá custar cerca de um milhão de euros. O centro pretende ser "um espaço de encontro" entre as comunidades "tocadas" pela circum-navegação, designadamente os países europeus que contribuíram com a tripulação e aqueles por onde passou Fernão Magalhães, nomeadamente Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Filipinas. Segundo José Marques, pretende-se usar a tecnologia para criar um "centro de sensações e percepções", estando ainda previsto um "simulador onde será possível sentir o que é estar numa nau em pleno oceano". O objectivo é dar a conhecer o navegador e os seus feitos, "porventura uma das mais esquecidas e mal conhecidas personagens da época dos descobrimentos". Fernão de Magalhães terá nascido na Primavera de 1480 e, ao serviço do rei de Espanha, comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. (Com Lusa)
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