9.22.2008

Para Além De...Geografia E Astronomia...

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Computador relança polémica

Localidades reivindicam ser terra natal de Fernão de Magalhães
A distribuição dos computadores “Magalhães” em escolas relançou a polémica sobre a naturalidade do navegador Fernão de Magalhães. Ponte da Barca, no Minho e Sabrosa, em Trás-os-Montes, reclamam serem a terra natal.

O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Vassalo Abreu, afirma que "a ciência histórica provou, até ao momento, com base no testemunho de muita gente, que Fernão de Magalhães é natural de Entre Douro e Minho". Segundo referiu, diversos historiadores, entre os quais Veríssimo Serrão e Queiroz Veloso, "provaram com absoluta certeza que Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa". "Provaram ainda quase com absoluta certeza que ele é natural de Ponte da Barca", acrescentou o autarca, segundo o qual há uma enorme probabilidade do navegador ter nascido na Casa do Paço, na freguesia de Paço Vedro de Magalhães. O próprio nome da freguesia "deve-se ao navegador, que lá terá nascido", frisou o autarca. O presidente da autarquia, para quem "a História moderna não se compadece com desvios de rigor", disse que "hoje ninguém tem dúvida de que o documento" que atribui a naturalidade de Fernão de Magalhães a Sabrosa "foi forjado". "O projecto do computador Magalhães e todas as demais iniciativas que honrem o nome do navegador devem ter em conta a questão da memória. Da memória colectiva. Da universalidade do navegador", sublinhou o autarca. Vassalo Abreu lamentou que Sabrosa insista em reivindicar a origem do navegador, afirmando que "há muito que nenhum historiador minimamente sério sequer encara a hipótese dele ter lá nascido". Disse ainda que Fernão de Magalhães vai dar nome a uma nova praça e a um centro de estudos e exposições sobre os Descobrimentos. O presidente da Câmara de Sabrosa, José Marques, afirmou que o nome de Fernão Magalhães está directamente ligado à identidade cultural deste concelho transmontano. Acrescentou ainda que desde o século XVI vários investigadores referenciam Sabrosa como a terra natal do navegador, onde inclusive ainda existe uma casa que possui o brasão de Magalhães, mandado picar pelo rei D. Manuel. José Marques, que se recusa entrar em polémicas com outros municípios, considera que esta é uma situação que dificilmente se conseguirá comprovar e salienta que o que Sabrosa pretende é homenagear e dar a conhecer o navegador. Nesse sentido, a autarquia quer construir o Centro de Interpretação Fernão Magalhães, um projecto que poderá custar cerca de um milhão de euros. O centro pretende ser "um espaço de encontro" entre as comunidades "tocadas" pela circum-navegação, designadamente os países europeus que contribuíram com a tripulação e aqueles por onde passou Fernão Magalhães, nomeadamente Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Filipinas. Segundo José Marques, pretende-se usar a tecnologia para criar um "centro de sensações e percepções", estando ainda previsto um "simulador onde será possível sentir o que é estar numa nau em pleno oceano". O objectivo é dar a conhecer o navegador e os seus feitos, "porventura uma das mais esquecidas e mal conhecidas personagens da época dos descobrimentos". Fernão de Magalhães terá nascido na Primavera de 1480 e, ao serviço do rei de Espanha, comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. (Com Lusa)


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Foi por puro acaso que encontrei a notícia, algures entre olhares pesquisadores e "googlantes"...


"31 de Agosto de 2008:
Morreu Joaquim Castro Caldas
O poeta e crítico literário Joaquim Castro Caldas morreu hoje de madrugada no Hospital de São João, no Porto, vítima de doença prolongada, disse fonte do seu círculo de amigos. Joaquim Castro Caldas morreu hoje de madrugada, vítima de doença prolongada, revelou à Lusa o actor Rui Spranger. Segunda-feira, o seu corpo vai para a Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, onde será celebrada missa de corpo presente. Regressa depois ao Porto, para um velório, a partir das 21:00, na capela mortuária da Igreja do Bonfim. O funeral do fundador da revista cultural Metro, antecedido de missa de corpo presente, realiza-se pelas 9:30 de teça-feira no Cemitério do Prado de Repouso, onde será cremado. Poeta de Lisboa e do Porto Nascido em 1956, em Lisboa, Joaquim Castro Caldas veio a fixar-se no Porto onde ficou conhecido por animar, durante sete anos, as sessões de poesia no Pinguim Café. "Veio parar ao Porto para fazer uma pequena revolução no espectro das tertúlias de poesia, escreveram sobre ele num blogue de Internet. Foi um dos fundadores da revista Metro, uma publicação gratuita, para divulgação cultural, que existiu nos fins dos anos 80 e início da década de 90. Editou 11 livros de poesia, o último dos quais - Mágoa das Pedras - foi publicado este ano. "
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Velha de tempo de calendário, vou deixá-la perder-se também neste campo de tempo-só-de-faz-de-conta, onde lhe reservo um pequeno lugar, como pequeno foi o conhecimento que tive do multifacetado indivíduo...
Mas ficou um testemunho personalizado na folha de papel que me deixou na mão _ aquando de uma intervenção junto dos alunos, na escola _ e onde rapidamente esgravatara signos que me fizeram, num primeiro e precipitado relance, lembrar as impressões deixadas na areia pelas patas de gaivotas, embora logo de seguida se organizassem, como que magicamente, num alinhamento quase aprimorado no espaço antes livre de guias:
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em caxinas
as lágrimas

são gotas
de chuva
as crianças
jogam à bola
com o sol
e deus ajuda
em caxinas
o céu é de pedra.


em caxinas
as gaivotas
é que puxam
o mar para
a terra,
os homens
andam nos
barcos
e as mulheres
têm asas.



Joaquim Castro Caldas, 12/12/02
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