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The Poetry Search Engine
3.29.2009
3.22.2009
Para Além De... Editora...
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Para Além De... Editora...
...Promotora De Atitudes Culturais...
Por amor à arte poética:
Cosmorama, projecto de atitudes culturais, é a única editora portuguesa que só publica poesia.
Nunca se publicou tanta poesia como hoje - das colecções específicas às infindáveis edições de autor -, mas há apenas uma editora portuguesa dedicada em exclusivo a este género. O Dia Mundial da Poesia é hoje assinalado em todo o país.
Se criar uma editora na presente conjuntura económica está longe de ser uma fórmula simples de obter retorno financeiro seguro, mais arrojado ainda se torna o projecto quando a poesia é o género de eleição. Quando, há pouco mais de um ano, José Rui Teixeira, Jorge Melícias e João Manuel Ribeiro, todos eles poetas, concretizaram a ambição de longa data, sabiam que a tarefa não seria exactamente fácil.
Volvido esse período, não é preciso ter dotes de prestidigitação para concluir que a editora "sobrevive com algumas dificuldades", como reconhece José Rui Teixeira, pois, embora a Cosmorama actue num nicho de mercado específico, essa limitação "circunscreve a margem de crescimento do projecto".
Além disso, a poesia não só é um género com escassa procura nas livrarias - "vender 500 exemplares em meio ano já é um êxito", diz o editor -, como as editoras são ainda confrontadas com "o incumprimento das condições de pagamento das facturas por parte das livrarias e distribuidoras".
Os lamentos, porém, não interferem com o balanço positivo. Basta dizer que, nesse período, a editora logrou publicar livros de Agustina Bessa-Luís _ a novela "Dominga", o único título fora do género poético _, Teixeira de Pascoaes, Valter Hugo Mãe, Amadeu Baptista ou Pedro Gil-Pedro e, até final do ano, avizinha-se a edição de poemas de António Pedro, Jorge Melícias e António Cabrita.
José Rui Teixeira vê com agrado essa confiança por parte de autores de prestígio, o que vem reforçar a ambição de fazer da Cosmorama "um projecto com qualidade e uma referência na edição de poesia em Portugal".
A par dos consagrados, a editora faz questão de apostar em novos valores, casos de Andreia C. Faria ("De haver relento) ou Catarina Costa ("Marcas de urze"), escolhidos a partir dos vários originais que semanalmente vão chegando à sede, no Porto, ou através do blogue (cosmorama-edicoes.blogspot.com).
Para contornar as dificuldades, os mentores do projecto têm insistido em iniciativas de fidelização dos leitores. A mais notória é o cartão "Leitor +". Por 80 euros, é possível receber por correio todos os livros do plano anual de edições antes mesmo da distribuição para as livrarias, assim como a revista literária "Cosmorama" e um desconto de 20% em todos as iniciativas promovidas pela associação cultural de que a editora faz parte.
O poeta e editor vê nesta medida "uma estratégia que permite uma relação de maior proximidade entre poetas, editores e leitores de poesia", mesmo tendo noção de que "não garante, por si só, a sobrevivência".
A publicação é apenas uma das facetas da Cosmorama. Da actividade regular fazem parte igualmente encontros com poetas, organização de apresentações e a respectiva divulgação, um sintoma óbvio do dinamismo que caracteriza o actual género poético, pródigo em iniciativas várias.
José Rui Teixeira explica o paradoxo entre as edições quase secretas e o frenesim de actividades públicas, das tertúlias aos colectivos de poesia, com o facto de "serem eventos que normalmente mobilizam as mesmas poucas pessoas". E alude à fácil autolegitimação para explicar o surto de (candidatos a) poetas: "Alguém que sabe uns acordes na guitarra não diz que é músico. Porém, alguém que verseja, independentemente da qualidade dos versos, já se considera poeta. Existe o lugar-comum que afirma que Portugal é um país de poetas. Trata-se de uma generalização precipitada". (Sérgio Almeida/JNonline)
Cosmorama, projecto de atitudes culturais, é a única editora portuguesa que só publica poesia.
Nunca se publicou tanta poesia como hoje - das colecções específicas às infindáveis edições de autor -, mas há apenas uma editora portuguesa dedicada em exclusivo a este género. O Dia Mundial da Poesia é hoje assinalado em todo o país.
Se criar uma editora na presente conjuntura económica está longe de ser uma fórmula simples de obter retorno financeiro seguro, mais arrojado ainda se torna o projecto quando a poesia é o género de eleição. Quando, há pouco mais de um ano, José Rui Teixeira, Jorge Melícias e João Manuel Ribeiro, todos eles poetas, concretizaram a ambição de longa data, sabiam que a tarefa não seria exactamente fácil.
Volvido esse período, não é preciso ter dotes de prestidigitação para concluir que a editora "sobrevive com algumas dificuldades", como reconhece José Rui Teixeira, pois, embora a Cosmorama actue num nicho de mercado específico, essa limitação "circunscreve a margem de crescimento do projecto".
Além disso, a poesia não só é um género com escassa procura nas livrarias - "vender 500 exemplares em meio ano já é um êxito", diz o editor -, como as editoras são ainda confrontadas com "o incumprimento das condições de pagamento das facturas por parte das livrarias e distribuidoras".
Os lamentos, porém, não interferem com o balanço positivo. Basta dizer que, nesse período, a editora logrou publicar livros de Agustina Bessa-Luís _ a novela "Dominga", o único título fora do género poético _, Teixeira de Pascoaes, Valter Hugo Mãe, Amadeu Baptista ou Pedro Gil-Pedro e, até final do ano, avizinha-se a edição de poemas de António Pedro, Jorge Melícias e António Cabrita.
José Rui Teixeira vê com agrado essa confiança por parte de autores de prestígio, o que vem reforçar a ambição de fazer da Cosmorama "um projecto com qualidade e uma referência na edição de poesia em Portugal".
A par dos consagrados, a editora faz questão de apostar em novos valores, casos de Andreia C. Faria ("De haver relento) ou Catarina Costa ("Marcas de urze"), escolhidos a partir dos vários originais que semanalmente vão chegando à sede, no Porto, ou através do blogue (cosmorama-edicoes.blogspot.com).
Para contornar as dificuldades, os mentores do projecto têm insistido em iniciativas de fidelização dos leitores. A mais notória é o cartão "Leitor +". Por 80 euros, é possível receber por correio todos os livros do plano anual de edições antes mesmo da distribuição para as livrarias, assim como a revista literária "Cosmorama" e um desconto de 20% em todos as iniciativas promovidas pela associação cultural de que a editora faz parte.
O poeta e editor vê nesta medida "uma estratégia que permite uma relação de maior proximidade entre poetas, editores e leitores de poesia", mesmo tendo noção de que "não garante, por si só, a sobrevivência".
A publicação é apenas uma das facetas da Cosmorama. Da actividade regular fazem parte igualmente encontros com poetas, organização de apresentações e a respectiva divulgação, um sintoma óbvio do dinamismo que caracteriza o actual género poético, pródigo em iniciativas várias.
José Rui Teixeira explica o paradoxo entre as edições quase secretas e o frenesim de actividades públicas, das tertúlias aos colectivos de poesia, com o facto de "serem eventos que normalmente mobilizam as mesmas poucas pessoas". E alude à fácil autolegitimação para explicar o surto de (candidatos a) poetas: "Alguém que sabe uns acordes na guitarra não diz que é músico. Porém, alguém que verseja, independentemente da qualidade dos versos, já se considera poeta. Existe o lugar-comum que afirma que Portugal é um país de poetas. Trata-se de uma generalização precipitada". (Sérgio Almeida/JNonline)
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3.21.2009
Para Além... De Um (Mau) Negócio...
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Para Além... De Um (Mau) Negócio
...Um Valor Cultural...
Dia Da Poesia:
Editar poesia é um mau negócio.
Neste género, as tiragens rondam os 500 exemplares e só os grandes nomes chegam aos 2000. Para as editoras, é uma questão de prestígio. E de tentar não perder muito dinheiro.
A poesia não dá dinheiro - nem aos autores nem aos editores. Jorge Reis Sá, que é poeta e editor (na Quasi), sabe isso como ninguém. Mas esta evidência não o faz desistir. Se a poesia é, como disse Eugénio de Andrade, "a festa suprema da língua", tem de valer a pena partilhá-la, mesmo que seja para uma elite, para um nicho de mercado, para umas poucas centenas de leitores.
"Se vir isto pelo lado do negócio, que também o é, para uma editora de média dimensão como a nossa editar poesia é desastroso. Precisávamos vender muito mais para que conseguíssemos pagar as contas", explica Zeferino Coelho, editor da Caminho. Hugo Xavier, da Portugália, confirma: "Editar poesia não é bom para o negócio." "Quem só se rege pelo lucro não edita poesia", diz Reis-Sá.
Uma obra de poesia tem uma tiragem média de 500 exemplares - o suficiente para conseguir colocar livros nas principais livrarias que existem pelo país. Mas desses vendem-se mais ou menos 200. É muito pouco. A Caminho, que edita poesia portuguesa ou de autores que escrevem em português, consegue fazer tiragens de 1000 exemplares, mas Zeferino Coelho reconhece que este é um número "um pouco exagerado". A Dom Quixote edita apenas dois ou três livros de poesia de ano mas como aposta em autores consagrados e premiados pode ir até aos 1500 ou 2 mil exemplares. Um sucesso para poetas como Miguel Torga, Manuel Alegre, Fernando Pinto Amaral, Nuno Júdice, António Nobre ou Ramos Rosa. "Faço questão de ter todos os anos alguns livros de poesia, mas mais do que isto é impossível", admite a Cecília Andrade. "A poesia é importante para a editora mas não pelas vendas. Quando, de vez em quando, temos uma segunda edição ficamos muito contentes."
Edições de 2, 3 ou 4 mil exemplares são raras. Acontecem, por exemplo, com Sophia de Mello Breyner (na Caminho), José Luís Peixoto ou José Régio (na Quasi), com Fernando Pessoa, Rimbaud, Lorca, Blake, Yeats, Hölderlin, Pablo Neruda (na Relógio D'Água), com Cesariny, Alexandre O'Neill ou Herberto Helder (na Assírio e Alvim). "São as excepções", comenta Jorge Reis-Sá.
Num país onde todos têm a pretensão de saber alinhar uns versos e onde muitos livros de poesia aparecem, ainda hoje, no mercado com edições de autores, pagas pelo próprio, as grandes editoras não desistem da "festa da língua".
Apesar de não dar dinheiro, todos estes editores insistem em publicar poesia. Talvez porque o negócio dos livros não seja, afinal, um negócio como os outros. Há o prestígio. Há a noção de dever. De serviço a cumprir. Um acto de resistência. Uma vontade de "honrar uma marca histórica", como diz Hugo Xavier, da Portugália.
E, se praticamente não há lucros, os editores preocupam-se em, pelo menos, não ter grandes prejuízos. Aproveitam as novas tecnologias e utilizam a impressão digital o que permite reduzir consideravelmente os custos em tiragens até 750 exemplares.
Para cativar os leitores, as editoras organizam antologias e reúnem obras completas - como fez a Dom Quixote com a obra poética de Maria Teresa Horta, já nas livrarias, disponibilizando títulos que se encontram esgotados há imenso tempo.
Apostam em valores seguros, editam sobretudo os nomes consagrados, privilegiam os autores que já pertencem à casa. Neste cenário, os novos poetas têm a vida dificultada, explica Francisco Vale, da Relógio D'Água. "Mesmo na comunicação social, a poesia tem cada vez menos espaço e menos atenção. Só se dá atenção ao que já sabemos que vai ter sucesso, o que torna cada vez mais difícil lançar novos nomes."
Editar poesia é um mau negócio.
Neste género, as tiragens rondam os 500 exemplares e só os grandes nomes chegam aos 2000. Para as editoras, é uma questão de prestígio. E de tentar não perder muito dinheiro.
A poesia não dá dinheiro - nem aos autores nem aos editores. Jorge Reis Sá, que é poeta e editor (na Quasi), sabe isso como ninguém. Mas esta evidência não o faz desistir. Se a poesia é, como disse Eugénio de Andrade, "a festa suprema da língua", tem de valer a pena partilhá-la, mesmo que seja para uma elite, para um nicho de mercado, para umas poucas centenas de leitores.
"Se vir isto pelo lado do negócio, que também o é, para uma editora de média dimensão como a nossa editar poesia é desastroso. Precisávamos vender muito mais para que conseguíssemos pagar as contas", explica Zeferino Coelho, editor da Caminho. Hugo Xavier, da Portugália, confirma: "Editar poesia não é bom para o negócio." "Quem só se rege pelo lucro não edita poesia", diz Reis-Sá.
Uma obra de poesia tem uma tiragem média de 500 exemplares - o suficiente para conseguir colocar livros nas principais livrarias que existem pelo país. Mas desses vendem-se mais ou menos 200. É muito pouco. A Caminho, que edita poesia portuguesa ou de autores que escrevem em português, consegue fazer tiragens de 1000 exemplares, mas Zeferino Coelho reconhece que este é um número "um pouco exagerado". A Dom Quixote edita apenas dois ou três livros de poesia de ano mas como aposta em autores consagrados e premiados pode ir até aos 1500 ou 2 mil exemplares. Um sucesso para poetas como Miguel Torga, Manuel Alegre, Fernando Pinto Amaral, Nuno Júdice, António Nobre ou Ramos Rosa. "Faço questão de ter todos os anos alguns livros de poesia, mas mais do que isto é impossível", admite a Cecília Andrade. "A poesia é importante para a editora mas não pelas vendas. Quando, de vez em quando, temos uma segunda edição ficamos muito contentes."
Edições de 2, 3 ou 4 mil exemplares são raras. Acontecem, por exemplo, com Sophia de Mello Breyner (na Caminho), José Luís Peixoto ou José Régio (na Quasi), com Fernando Pessoa, Rimbaud, Lorca, Blake, Yeats, Hölderlin, Pablo Neruda (na Relógio D'Água), com Cesariny, Alexandre O'Neill ou Herberto Helder (na Assírio e Alvim). "São as excepções", comenta Jorge Reis-Sá.
Num país onde todos têm a pretensão de saber alinhar uns versos e onde muitos livros de poesia aparecem, ainda hoje, no mercado com edições de autores, pagas pelo próprio, as grandes editoras não desistem da "festa da língua".
Apesar de não dar dinheiro, todos estes editores insistem em publicar poesia. Talvez porque o negócio dos livros não seja, afinal, um negócio como os outros. Há o prestígio. Há a noção de dever. De serviço a cumprir. Um acto de resistência. Uma vontade de "honrar uma marca histórica", como diz Hugo Xavier, da Portugália.
E, se praticamente não há lucros, os editores preocupam-se em, pelo menos, não ter grandes prejuízos. Aproveitam as novas tecnologias e utilizam a impressão digital o que permite reduzir consideravelmente os custos em tiragens até 750 exemplares.
Para cativar os leitores, as editoras organizam antologias e reúnem obras completas - como fez a Dom Quixote com a obra poética de Maria Teresa Horta, já nas livrarias, disponibilizando títulos que se encontram esgotados há imenso tempo.
Apostam em valores seguros, editam sobretudo os nomes consagrados, privilegiam os autores que já pertencem à casa. Neste cenário, os novos poetas têm a vida dificultada, explica Francisco Vale, da Relógio D'Água. "Mesmo na comunicação social, a poesia tem cada vez menos espaço e menos atenção. Só se dá atenção ao que já sabemos que vai ter sucesso, o que torna cada vez mais difícil lançar novos nomes."
Vale a pena? Todos dizem que sim. De tal forma que a histórica Guimarães pretende retomar este ano a publicação de poesia, recuperando a colecção "Poesia e Verdade" (com novos autores) e recuperando os clássicos da chancela da Ática. "Embora a tenhamos a preocupação de termos sustentabilidade económica, não só isso que nos orienta", explica Vasco Silva. "Queremos acrescentar um valor, não só económico mas cultural." (DN Artes/online)
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3.18.2009
Para Aquém... Da Idade Prevista...
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O cérebro começa a envelhecer bem mais cedo do que se pensava. Segundo um estudo norte-americano, é aos 22 anos que se atinge o pico da performance cerebral, e aos 27 que a rapidez de raciocínio e a capacidade visualização espacial se começam a degradar.
As conclusões do estudo da Universidade da Virgínia foram publicadas no jornal científico Neurobiology of Aging, citado pela BBC, e permitem planear novas estratégias para evitar a perda das capacidades intelectuais.
A solução é agir cada vez mais cedo, uma vez que se sabe agora que o pico da performance cerebral acontece logo aos 22 anos, e que aos 27 já se nota o início do declínio intelectual.
Especificamente, é aos 27 anos que os indivíduos começam a ter menos capacidade de visualizar espaços e menor velocidade de raciocínio.
Não é nenhuma tendência dramática, note-se, mas significa que a ‘ginástica mental’ deve ser praticada cada vez mais cedo para manter o cérebro ao melhor nível por muitos anos.
O estudo, dirigido pelo neurologista Timothy Salthouse, contou com 2 mil voluntários entre os 18 e os 60 anos, que foram testados com puzzles, exercícios de memória e outros desafios.
Em nove dos 12 testes realizados, os melhores resultados foram alcançados pelas pessoas de 22 anos. A partir dos 27, os resultados começaram a piorar, sobretudo nos puzzles.
Nos exercícios de memorização, foi só aos 37 que se notou um declínio das performances.
Já nos testes de vocabulário e de cultura geral, o saber continua a aumentar até aos 60 anos.
Segundo vários cientistas citados pela BBC, o estudo ajuda os especialistas do combate a doenças como o Alzheimer a detectar sintomas muito mais cedo e a delinear estratégias para evitar ou retardar os efeitos de várias patologias.
(inXicórias & Xicorações-17/03/09)
(Tenho que começar a exercitar estes neurónios com maior intensidade! _ ;)
Ler também:
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