9.25.2008

Para Além... De (Des)Equilíbrio Biológico...

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Para Além... De (Des)Equilíbrios
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Biológicos...



Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta desafia empresas a darem descanso pós-almoço

Prates Miguel, o presidente da Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta, vai defender, numa conferência nacional, no próximo sábado, que o descanso poderá ter implicações positivas na produção. A associação desafia os empresários a testarem esta teoria.
"Por que razão não hão-de as grandes empresas juntar às estratégias de relaxe (como massagens ou spas), para renovar as energias dos trabalhadores, objectos como pufs, redes ou esteiras que permitam simplesmente... dormir no local de trabalho?" A pergunta é feita pelo advogado Prates Miguel, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta, que sábado realiza a II Conferência Nacional em Alcanena, distrito de Santarém. Acérrimo defensor da prática de dormir meia ou uma hora depois do almoço, como medida essencial para a harmonia dos biorritmos, Prates Miguel disse que o encontro visa mostrar que a correria da sociedade actual, sem uma reparadora sesta, tem implicações em áreas vitais das nossas vidas. "A Sesta no Trabalho" é o tema de abertura da conferência, a cargo de Fernando Gonçalves, director do Centro Distrital da Segurança Social de Leiria, seguindo-se "A Sesta e Produtividade", pelo economista e gestor Manuel Marques Barreiro.A APAS convidou o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques Augusto, para falar sobre "Sesta e Segurança na Estrada", ficando para o compositor/cantor Pedro Barroso o tema "A Música, a Pausa e o Silêncio". Com 223 sócios, um deles honorário (o ex-presidente da República Mário Soares) e outro de mérito (o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, cidade que acolheu a primeira conferência), a APAS concentra a maioria dos sócios nos distritos de Leiria (90), Portalegre (34), Lisboa (23) e Coimbra (22), pelo que Alcanena, junto ao nó de acesso à A1, tem uma "excelente localização". "Queremos que o tema da sesta entre na discussão pública. Hoje temos outros ritmos, mas este deve ser um tema de debate", disse Prates Miguel, sublinhando que a APAS convidou pessoas que "sabem do que estão a falar" porque quer ser uma "corrente de opinião credibilizada". Segundo disse, a associação não quer ir "tão longe" como a China, que em 1949 levou a sesta para a Constituição, mas gostaria que o movimento "se vá espalhando", o que tem vindo a acontecer. "Antes a associação era objecto de sátira, mas o sarcasmo foi arredado porque ninguém tinha pensado nas vantagens do equilíbrio biológico que a sesta proporciona", afirmou, sublinhando que o assunto deixou já de ser paródia e começa a ser levado a sério. A ideia de criar a APAS surgiu depois da leitura, em 2001, de uma crónica do escritor José Eduardo Agualusa, que invocava razões científicas para defender a sesta como benéfica. Professores, técnicos, funcionários públicos, industriais e médicos são as profissões com mais adeptos, mas também há um padre, dois deputados, uma governadora civil, actores, músicos e escritores. (Com Lusa)

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