9.22.2008

Para Além...De Datas...

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Para Além...De Datas...



Foi por puro acaso que encontrei a notícia, algures entre olhares pesquisadores e "googlantes"...


"31 de Agosto de 2008:
Morreu Joaquim Castro Caldas
O poeta e crítico literário Joaquim Castro Caldas morreu hoje de madrugada no Hospital de São João, no Porto, vítima de doença prolongada, disse fonte do seu círculo de amigos. Joaquim Castro Caldas morreu hoje de madrugada, vítima de doença prolongada, revelou à Lusa o actor Rui Spranger. Segunda-feira, o seu corpo vai para a Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, onde será celebrada missa de corpo presente. Regressa depois ao Porto, para um velório, a partir das 21:00, na capela mortuária da Igreja do Bonfim. O funeral do fundador da revista cultural Metro, antecedido de missa de corpo presente, realiza-se pelas 9:30 de teça-feira no Cemitério do Prado de Repouso, onde será cremado. Poeta de Lisboa e do Porto Nascido em 1956, em Lisboa, Joaquim Castro Caldas veio a fixar-se no Porto onde ficou conhecido por animar, durante sete anos, as sessões de poesia no Pinguim Café. "Veio parar ao Porto para fazer uma pequena revolução no espectro das tertúlias de poesia, escreveram sobre ele num blogue de Internet. Foi um dos fundadores da revista Metro, uma publicação gratuita, para divulgação cultural, que existiu nos fins dos anos 80 e início da década de 90. Editou 11 livros de poesia, o último dos quais - Mágoa das Pedras - foi publicado este ano. "
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Velha de tempo de calendário, vou deixá-la perder-se também neste campo de tempo-só-de-faz-de-conta, onde lhe reservo um pequeno lugar, como pequeno foi o conhecimento que tive do multifacetado indivíduo...
Mas ficou um testemunho personalizado na folha de papel que me deixou na mão _ aquando de uma intervenção junto dos alunos, na escola _ e onde rapidamente esgravatara signos que me fizeram, num primeiro e precipitado relance, lembrar as impressões deixadas na areia pelas patas de gaivotas, embora logo de seguida se organizassem, como que magicamente, num alinhamento quase aprimorado no espaço antes livre de guias:
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em caxinas
as lágrimas

são gotas
de chuva
as crianças
jogam à bola
com o sol
e deus ajuda
em caxinas
o céu é de pedra.


em caxinas
as gaivotas
é que puxam
o mar para
a terra,
os homens
andam nos
barcos
e as mulheres
têm asas.



Joaquim Castro Caldas, 12/12/02
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