A intervenção, que arrancou em Dezembro de 2007, implicou a reparação e consolidação da estrutura da nave e ainda a reposição de rebocos, drenagens e remoção de pavimentos, colocação de novo soalho, reparação e restauro de imagens e talhas, reparação total da sacristia. A Câmara de Viana do Castelo apoiou a intervenção com 20 mil euros, face ao "valor patrimonial do mosteiro para o Município". O Mosteiro Beneditino, que data do século IX e onde está sepultado o primeiro abade de Carvoeiro D. Pedro Afonso (1104), ficou na posse do Conselho Paroquial para os Assuntos Económicos em 2004, altura em que o estado de conservação do edifício "começava a preocupar" devido a uma fissura longitudinal na abóbada. Devido à complexidade do trabalho a efectuar, foi contactada a Universidade do Minho para uma futura intervenção, que ficou a cargo de Paulo Lourenço. Este templo beneditino foi reformulado em 1704 e no seu interior passou a ostentar um retábulo do altar-mor, em estilo nacional e dessa época.
10.26.2008
Para Além... Do Abandono Sistemático...
A intervenção, que arrancou em Dezembro de 2007, implicou a reparação e consolidação da estrutura da nave e ainda a reposição de rebocos, drenagens e remoção de pavimentos, colocação de novo soalho, reparação e restauro de imagens e talhas, reparação total da sacristia. A Câmara de Viana do Castelo apoiou a intervenção com 20 mil euros, face ao "valor patrimonial do mosteiro para o Município". O Mosteiro Beneditino, que data do século IX e onde está sepultado o primeiro abade de Carvoeiro D. Pedro Afonso (1104), ficou na posse do Conselho Paroquial para os Assuntos Económicos em 2004, altura em que o estado de conservação do edifício "começava a preocupar" devido a uma fissura longitudinal na abóbada. Devido à complexidade do trabalho a efectuar, foi contactada a Universidade do Minho para uma futura intervenção, que ficou a cargo de Paulo Lourenço. Este templo beneditino foi reformulado em 1704 e no seu interior passou a ostentar um retábulo do altar-mor, em estilo nacional e dessa época.
10.21.2008
Para Além... Do Conceito Restrito...
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Iniciativa do Colectivo Multimédia Perve, associação sem fins lucrativos fundada em 1997 para divulgar e promover o conceito de Arte Global, este segundo encontro decorrerá até 31 de Janeiro de 2009, com actividades a estenderem-se a outros locais do país, e também ao estrangeiro. Em declarações à Agência Lusa, Carlos Cabral Nunes, mentor do primeiro encontro, realizado quase há uma década, e igualmente responsável pela direcção artística desta segunda iniciativa, assinalou que pretende relançar a reflexão sobre o crescente cruzamento das artes e o seu papel na sociedade. "A arte teve sempre um papel de liderança no mundo, transformando-o e transformando-se, mas neste momento parece que não está a ter uma resposta para os acontecimentos", observou o também artista e curador. Responsável pela primeira edição do Encontro de Arte Global, Carlos Cabral Nunes explicou que uma série de circunstâncias o levaram a considerar este o momento ideal para promover uma segunda edição, na expectativa de que venha a ser "um acontecimento mobilizador de públicos, inovador e artisticamente válido". "Esta reflexão servirá também para os artistas falarem sobre o papel que querem ter na sociedade", salientou. Na sequência de um convite do Panteão Nacional para promover uma homenagem a Mário Cesariny, falecido em 2006, o responsável decidiu evocar "o verdadeiro artista global português, que tocou todas as áreas artísticas", com uma exposição sobre a sua obra. A programação do encontro incluirá diferentes acções artísticas - a decorrer de forma faseada ao longo de três meses - envolvendo expressões que vão das artes plásticas às artes performativas, audiovisual, poesia, literatura, ciclos de debate, conferências e ateliês/workshops de abordagem ao conceito de Arte Global.
Foram convidados autores e comissários para realizarem projectos específicos, nomeadamente Boris Ognianov Danailov (Bulgária), Chris Hales (Reino Unido), Fernando Aguiar (Portugal), João Garcia Miguel (Portugal), Olga Marcinkiewicz (Polónia), Pilvi Kalhama (Finlândia), Tomás Vlcek (República Checa) e Vítor Rua (Portugal), entre outros. Centrada em Lisboa, na zona de Alfama, a programação irá estender-se a outros pólos nacionais, como a Biblioteca Municipal de Loulé, e também internacionais, em Sófia e em Dacar.
10.17.2008
Para Além... Do Cabo Bojador...
Os achados arqueológicos vão agora ser estudados, para se perceber, com exactidão, de que embarcação se trata. Tudo começou com a descoberta de uma moeda. Ela permitiu garantir que os vestígios arqueológicos descobertos ao largo da Namíbia, em África, pertenciam a uma embarcação portuguesa. Provavelmente uma nau, ou um galeão. A equipa de especialistas que se deslocou de Portugal e que ao longo de vários dias se juntou a outros arqueólogos em Orangemund já regressou a Lisboa. O achado data de 1 de Abril, mas a verdade foi sendo descoberta ao longo dos últimos meses. Portugueses e espanhóis esqueceram por momentos as dores musculares e nas articulações, para um trabalho duro, mas com resultados positivos: 1600 lingotes de cobre, grandes estruturas em madeira, espadas, tecidos, e até um chinelo e um pente. Objectos que deverão ter uns 500 anos, já que uma das moedas encontrada foi cunhada em 1525. Também vestígios humanos foram descobertos durante o trabalho dos arqueólogos. Tudo isto foi levantado e está agora em laboratório, para investigação. Mas na Namíbia, já que este país africano não assinou a convenção da UNESCO que garante que o património de um determinado país, mesmo que encontrado noutro, pertence ao dono original das peças. Ou seja, neste caso, todo o material encontrado está, legalmente, nas mãos da Namíbia. Para o Governo português, a posse não é agora relevante. A zona onde foram encontrados os vestígios está agora submersa. Trata-se de um local de exploração diamantífera e foi neste contexto que surgiram os primeiros sinais da embarcação portuguesa. Os arqueólogos acreditam que se trata de um barco que iria para a Índia, carregado de ouro e objectos para troca. O IGESPAR, Instituto do Património, que partilha esta investigação, não avança um número para a verba já investida neste projecto. Antes salienta a cooperação entre os governos de Portugal e da Namíbia, e a forma como está a ser conduzido o trabalho, longe da vista dos oportunistas caçadores de tesouros.
10.16.2008
Para Além Do... Dia Da Alimentação...
Direcção-Geral do Consumidor alerta para problemas de nutrição
A divulgação deste guia de carácter didáctico, que procura auxiliar na procura de uma alimentação equilibrada e saudável, será feita através das edições dos jornais Correio da Manhã e Jornal de Notícias. "A nova Roda dos Alimentos" tem, também, em consideração, os cuidados a ter com a ingestão de açúcar e produtos açucarados, bem como de sal e produtos salgados e de algumas bebidas contendo álcool ou cafeína. Esta campanha de sensibilização da Direcção-Geral do Consumidor teve igualmente em conta "a crescente e alarmante prevalência de doenças como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de cancro às quais estão muitas vezes associados hábitos alimentares pouco saudáveis e falta de actividade física". O Dia Mundial da Alimentação será também assinalado com várias iniciativas pedagógicas em diversos pontos do país, promovidas, nomeadamente, por autarquias e entidades particulares. O Hospital de Gaia teve a sala de espera transformada em cozinha e alunos de Dietética distribuiram conselhos e fruta na rua.
10.12.2008
Para Além... Das Fronteiras Terrestres...
Terrestres...
Norte de Portugal e Galiza
Observatório do Meio Marinho deve abrir dentro de 6 meses
"É a primeira vez, em mais de 15 anos de cooperação com a Galiza, que estamos envolvidos num projecto de cooperação no domínio do mar", afirmou Paulo Gomes, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), em declarações à Lusa. "Existe actualmente um capital de conhecimento que permite a criação de um hiper-cluster ao nível da euroregião", acrescentou, salientando que, apenas no norte português, existem cerca de 300 centenas de especialistas em ciências do mar. O projecto do observatório, que começou a ser preparado há cerca de dois anos e meio, envolve cerca de duas dezenas de parceiros das duas regiões, coordenados no lado português pelo Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR) e, na Galiza, pelo CETMAR e pela MeteoGalicia. O objectivo é responder à constatação de que o meio marinho está a sofrer mutações "muito mais rápidas do que é natural, devido às alterações climáticas". Para responder a este desafio, foi decidido desenvolver um programa sustentado de observação do meio marinho e das actividades marítimas na região do sudoeste europeu, envolvendo meios existentes na Galiza e no Norte de Portugal e ligando-se em rede a programas e estruturas semelhantes existentes a nível europeu. "O observatório vai criar uma plataforma de observação de fenómenos conotados com as alterações climáticas que devem ser monitorizados ao longo do tempo, de especial importância para a segurança marítima e para a elaboração de planos de emergência e de contingência face a desastres ecológicos", salientou Paulo Gomes. Nessa perspectiva, o observatório poderá ser um suporte importante para as políticas públicas e para a actividade empresarial nesta área, promovendo ainda o desenvolvimento tecnológico e a cooperação entre universidades e centros de investigação das duas regiões. A estrutura prevista inclui um sistema de bóias com sensores diversos e meios de acesso a dados de satélite, devendo envolver numa segunda fase o recurso a instrumentos de robótica submarina. O observatório permitirá obter em contínuo dados meteorológicos e oceanográficos, complementando os dados actuais com dados históricos, de forma a compreender a evolução da situação. A informação recolhida irá beneficiar as entidades responsáveis pelas previsões meteorológicas e pela monitorização das costas oceânica, mas também actividades como as pescas, o controlo da poluição, o transporte marítimo, a náutica de recreio e a saúde pública. O Observatório do Meio Marinho do Sudoeste Europeu será complementado com quatro projectos, a financiar pelo QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional. A sua sustentabilidade a longo prazo deverá ser garantida através da constituição de um consórcio, que poderá ter como sócios entidades governamentais, universidades, centros de investigação e empresas ligadas ao mar. Por outro lado, no que se refere ao Norte de Portugal, o observatório estará directamente relacionado com o futuro pólo dedicado ao mar do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto, que deverá ficar instalado em Matosinhos. "Inevitavelmente, estamos de novo a voltar a olhar para o mar. Numa altura em que o mar adquire um novo peso, nós tornamo-nos menos periféricos, ganhamos uma certa centralidade", defendeu Paulo Gomes, considerando ser "absolutamente estratégico estar neste processo".
10.09.2008
Para Além...Dos Outros "NOBEL"...
Escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio distinguido
Nobel da Literatura, o escritor francês J.M.G. Le Clézio tem 68 anos e escreveu mais de 50 livros
A academia sueca atribuiu o galardão a um "escritor da ruptura, da aventura poética e do êxtase sensual, o explorador de uma humanidade mais além da civilização reinante".J.M.G. Le Clézio, de 68 anos, receberá 10 milhões de coroas suecas (o equivalente a 1,02 milhões de euros) numa cerimónia a 10 de Dezembro em Estocolmo.Breve biografiaJean-Marie Gustave Le Clézio escreveu o seu primeiro livro aos sete anos durante uma travessia marítima rumo à Nigéria. A sua literatura confunde-se com as viagens, que não cessou de empreender. Ganhou a admiração de filósofos como Michel Foucault e Gilles Deleuze, que apreciaram a sua escrita inovadora e revoltada. Filho de um cirurgião britânico e de uma francesa da Bretanha, nasceu em Nice, sul da França, em 13 de Abril de 1940. Formado em Letras, trabalhou na Universidade de Bristol e de Londres, em Inglaterra, dedicando uma tese ao poeta Henri Michaux, também ele um viajante. Com 23 anos ganha o Prémio Renaudot, um importante galardão francês, por um ensaio que ainda hoje é considerado magistral, "Le procés-verbal". Depois de ensinar nos Estados Unidos, em 1967 cumpre o serviço militar na Tailândia, como cooperante, donde é expulso por denunciar a prostituição infantil. Termina o seu serviço militar no México. Durante quatro anos, de 1970 a 1974, partilha a vida com índios do Panamá, uma experiência que terá grande influência na sua escrita. Depois, ensina em Albuquerque, nos Estados Unidos.Casado e pai de duas filhas, Le Clézio vive em Albuquerque, mas desloca-se frequentemente entre Nice e uma casa que possui na Bretanha. Principais obrasA sua obra, que compreende contos, romances, ensaios, novelas, traduções de mitologia ameríndia, numerosos prefácios e artigos, é considerada como crítica do Ocidente materialista e uma atenção constante aos mais fracos e aos excluídos. Numa sondagem, realizada em 1994 pela revista francesa Lire, foi considerado como o "maior escritor vivo da língua francesa". "O Processo de Adão Pollo", "O caçador de tesouros", "Deserto" (considerado a sua obra-prima), "Estrela errante", "Diego e Frida", "Índio branco", são os livros de Le Clézio traduzidos em Portugal, cuja obra ultrapassa os 50 títulos.
10.04.2008
Para Além...De Mascotes...
Dia Internacional do Animal
Os cães e os gatos salvaram-na. Quando "Silvesta" entrou lá em casa, acabaram as tromboses e depressões que consumiam Fernanda Dias, uma viúva na terceira idade que actualmente passa a maioria do tempo fora de portas. "Sinto-me melhor de saúde desde que me dedico aos animais. Nos primeiros dez anos que fiquei viúva estive muito mal", lembra nos seus 69 anos, enumerando as tromboses, dores musculares e depressões que a solidão lhe causou. Fernanda diz que acorda todos os dias motivada pela sua "missão" para com os animais. Cuida dos seus, dos de amigos que trabalham todo o dia, dos abandonados nas ruas e ainda de um que o dono foi forçado a deixar em casa quando teve de ir para um lar de idosos. "Quase não paro em casa. A minha vida é um corrupio. Acordo às sete, caminho várias horas por dia para passear os bichos, volto a sair depois do almoço e só volto a casa lá para as oito da noite", conta. "Os animais representam uma fonte inesgotável de afecto, mobilidade e saúde. Movimentam-se mas não falam, logo obrigam-nos a entendê-los, estimulando a nossa audição ou o tacto e também a memória dos sentidos", afirma a geriontologista Maria João Quintela. Procurar o gato que está atrás do sofá, baixar-se para dar o alimento, passear o cão na rua ou levá-lo ao veterinário são pequenos gestos que podem ser estimulantes para quem sente o corpo cansado e pouca motivação para a vida. Maria João Quintela explica que a memória, que se vai perdendo com o passar dos anos, pode ser reavivada pela simples obrigação da lembrança das horas de dar comida ao cão, do recordar com um amigo das façanhas do gato. "Os animais são um agente estimulante da atenção", defende a médica, criticando o facto de a maioria dos lares de idosos portugueses não estar preparados para receber os animais de estimação ou permitir a sua visita esporádica aos donos. "Ir para uma instituição implica separar-se de tudo: dos vizinhos e tarecos até à roupa, e ainda em alguns casos dos animais de estimação. A entrada num lar é como um deserto que os idosos atravessam, numa altura em que estão frágeis", conta a geriontologista. Depois da mudança que os animais trouxeram à sua vida, Fernanda Dias não hesita em dizer que todos os lares deviam ter um animal para ajudar os idosos a viver e lembra a dor de um amigo que deixou ao seu cuidado o animal de estimação que teve de abandonar quando foi para o lar. "Vou lá todos os dias a casa e dou-lhe de comer. O cão ficou lá sozinho. É certo que tem um quintal onde está todo o dia, mas precisa de passear e de alguma companhia", conta.
Para Aquém...Do Razoável...
Computador, televisão e telemóveis deviam ser proibidos à noite
A neurologista Teresa Paiva defende que computador, televisão e telemóveis deviam ser totalmente proibidos no quarto das crianças e adolescentes. De acordo com a especialista, estes objectos prejudicam o sono.
Para a especialista em doenças do sono, muitos dos problemas com crianças e adolescentes devem-se a comportamentos errados dos pais, que permitem, por exemplo, que os filhos vejam televisão no quarto e troquem mensagens de telemóvel durante a noite. Passear com as crianças mais pequenas ao fim do dia em ambientes com muita luz artificial, como centros comerciais, é outro hábito censurável, porque a luz desperta o organismo e impede a segregação de uma substância, a melatonina, que favorece o sono. "Os pais chegam a casa muito tarde, muitas vezes às dez da noite e estão a brincar com os filhos até à meia-noite. Depois as crianças levantam-se às 07h00, porque os pais vão trabalhar cedo, e ficam desvairadas de sono", descreveu a médica. "Há um círculo de erros, de vícios terríveis para as crianças", resumiu. Para Teresa Paiva, uma criança com 10 anos deve dormir pelo menos 10 horas por dia e uma de cinco deve fazê-lo durante 12 ou 14 horas. "Hoje em dia as crianças andam a dormir apenas oito horas", calcula, sublinhando que vários estudos mundiais concluíram que a redução do tempo de sono é um "factor de risco independente para a obesidade e hipertensão" nas faixas etárias mais baixas.