12.21.2008

Para Além...Do Já Conhecido....



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Para Além...
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Do Já Conhecido....

...Acontecimentos Científicos Do Ano...



Science elege células estaminais e exoplanetas
A possibilidade da produção de células estaminais por reprogramação de células humanas adultas, no dese
nvolvimento de um processo descoberto em 2006, foi considerada o acontecimento científico do ano pela redacção da revista norte-americana Science. O segundo maior acontecimento científico foi a descoberta de planetas fora do Sistema Solar. (Lusa/siconline)

Entre os mais de 300 "exoplanetas" descobertos, o telescópio espacial Hubble detectou dióxido de carbono num deles, o HD 189733b, de tamanho semelhante ao de Júpiter. A descoberta foi considerada pela NASA com um grande avanço na busca de elementos de vida noutros mundos fora do Sistema Solar.


Mas o primeiro lugar foi para A possibilidade da produção de células estaminais por reprogramação de células humanas adultas. Para justificar a escolha, a Science explica que ela "augura novos avanços da Medicina que poderão salvar vidas". Domingos Henrique, chefe da Unidade de Biologia do Desenvolvimento do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de medicina da Universidade de Lisboa, considerou a descoberta do mecanismo de produção das IPS tão importante "que não faltará muito tempo para que o seu autor, o japonês Shinya Yamanaka, ganhe um Prémio Nobel". "A descoberta das IPS representa uma revolução, porque significa a possibilidade de reprogramar as células somáticas diferenciadas, que já não se dividem, de modo a voltar a obter células estaminais embrionárias", explicou Domingos Henrique. No desenvolvimento desta investigação, cientistas do Instituto Whitehead, nos Estados Unidos, anunciaram já este mês ter conseguido simplificar a criação destas células pluripotentes ao reduzirem de quatro para um o número de vírus usados no processo de reprogramação. Anteriormente eram precisos quatro vírus separados para transferir genes para o ADN das células, sendo que, uma vez activados, são esses genes que fazem passar as células do seu estado adulto, diferenciado, para o de células do tipo embrionário. Por terem a mesma capacidade de diferenciação das embrionárias, estas células poderão no futuro ser usadas para tratar doenças como a de Parkinson e a diabetes de tipo 1. O estudo das células IPS teve início em 2006 quando cientistas da Universidade de Quioto, no Japão, liderados por Shinya Yamanaka, anunciaram a reprogramação de células da pele do ratinho em células muito semelhantes a células estaminiais embrionárias. Posteriormente, em 2007, cientistas norte-americanos e japoneses obtiveram o mesmo resultado com células da pele humana e já este ano foi conhecido outro avanço, quando cientistas norte-americanos transformaram em IPC células da pele de doentes com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa sem cura, tendo depois induzido a sua diferenciação em neurónios motores como os destruídos pela doença.


Outros grandes acontecimentos:


Outros importantes acontecimentos científicos do ano foram, segundo a Science, os seguintes: Ampliação dos genes do cancro: ao conseguirem sequenciar diversos tipos de células cancerígenas, incluindo do cancro do pâncreas e o glioblastoma (os mais mortais), os cientistas descobriram dezenas de mutações que geram a divisão celular e dão origem à doença.

Avanços na tecnologia do genoma: foi conhecida este ano uma série de sequenciações, desde as do genoma do mamute até ao de doentes de cancro, através de tecnologias mais rápidas e baratas do que as foram usadas no passado para determinar a sequência do genoma humano.
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O embrião em vídeo: em 2008 foi possível observar com pormenores sem precedentes a actividade das células num embrião em pleno desenvolvimento. Além disso, os investigadores registaram em vídeo e analisaram os movimentos das cerca de 16.000 células integrantes do embrião do peixe zebra a partir do primeiro dia após a concepção.

Novos materiais: os cientistas anunciaram este ano a descoberta de toda uma família de supercondutores a altas temperaturas consistentes em compostos de ferro, em vez de cobre e oxigénio.

Energia renovável a pedido do cliente: os investigadores anunciaram um novo instrumento para armazenar à escala industrial a electricidade gerada em excesso por fontes renováveis como a eólica e a solar. Trata-se de um catalizador de cobalto e fósforo que pode usar electricidade para separar o hidrogénio da água, que pode ser novamente usado para produzir energia.

O trabalho das proteínas: os bioquímicos observaram a forma como as proteínas aderem às células, alteram o seu estado metabólico e contribuem para dar forma às propriedades do tecido.



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