12.30.2008

Para Além... Da Costa Norte...


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Para Além... Da Costa Norte...



...Novo Projecto De Energia
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Das Ondas...



Parceria luso-espanhola investe 12 milhões em São Pedro de Moel
O grupo FDO anunciou, hoje, que vai avançar, em parceria com a Hidroflot, com um projecto de energia de ondas de 4 megawatts (MW) em São Pedro de Moel num investimento de cerca de 12 milhões de euros. Um comunicado do grupo, com sede em Braga, dá conta da assinatura, através da participada Urbancraft, de uma parceria com a espanhola Hidroflot para desenvolver parques de energia das ondas em Portugal. (Lusa/siconline)


"O primeiro projecto resultante desta parceria - um módulo inicial de 4 MW, num investimento que ronda os 12 milhões de euros - deverá ser instalado na zona piloto agora criada pelo Governo, situada ao largo de São Pedro de Moel, entre os portos de Peniche e Figueira da Foz", refere a empresa. O módulo será englobado numa área de 320 quilómetros quadrados, a partir dos 30 metros de profundidade e até aos 90 metros, acrescenta. A zona piloto de São Pedro de Moel vai ter uma potência instalada total de 80 MW, prevendo-se que posteriormente chegue aos 250 MW. No comunicado, a Urbancraft afirma que pretende acrescentar valor à empresa e participar activamente no desenvolvimento de um "cluster" nesta área através da parceria com a Hidroflot, empresa de engenharia ligada às energias renováveis, com sede em Barcelona. A empresa considera que a energia das ondas é uma das energias do futuro e que Portugal apresenta condições muito favoráveis para se tornar uma referência nesta energia. O Grupo FDO, fundado em 1980, tem como principais áreas de negócio os sectores da Construção Civil e Obras Públicas, Promoção Imobiliária, Centros Comerciais, Hotelaria, Serviços e Parques de Estacionamento, Ambiente e Energia.



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12.28.2008

Para Além... Das Intolerâncias...



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Para Além... Das Intolerâncias...

... País Exemplar Na Integração
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Religiosa...


Religiões:

Portugal é um país exemplar no que diz respeito à integração da comunidade islâmica, defenderam hoje vários especialistas numa conferência sobre o "Islão e a Cidadania", organizada pelo Centro Português de Estudos Árabes-Pulaar e Cultura Islâmica.

Comunidade muçulmana sente-se integrada no país
"Portugal é uma arca de Noé, as pessoas estão integradas, as comunidades estão integradas e acho que a política de integração é uma política correcta. Não vejo que haja problemas de integração do muçulmano e do estrangeiro em Portugal", defendeu Raúl Braga Pires, investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, em declarações à Lusa, à margem da conferência, que decorre durante o dia de hoje no auditório da Câmara Municipal de Almada. O presidente do Centro Português de Estudos Árabes-Pulaar e Cultura Islâmica, por seu lado, lembrou que "noutros países europeus se ouve falar de conflitos e de grandes problemas entre etnias ou entre religiões, nomeadamente entre a religião islâmica e outras religiões". Situação que, no entender de Bubacar Baldé, não acontece em Portugal. "Aqui em Portugal, da experiência que eu tenho, não há nenhuma pessoa que tenha sido agredida ou pressionada ou a quem tenham dito uma palavra má por ser muçulmano", afirmou. Aliás, para Bubacar Baldé, em Portugal passa-se exactamente o oposto. "O Governo português e as instituições portuguesas estão a apoiar os muçulmanos para poderem gozar os seus direitos cívicos e religiosos aqui em Portugal". O que o presidente do Centro Português de Estudos Árabes-Pulaar e Cultura Islâmica explica com a relação histórica e geográfica que Portugal tem com o mundo islâmico. "Desde o século VII que o Islão entrou aqui em Portugal e Portugal foi porta de entrada do Islão na Europa através de Gibraltar para a Espanha e toda esta zona chamava-se Andaluz", lembrou. "Desde essa altura há uma grande mistura e a cultura portuguesa, mesmo a fisionomia portuguesa, tem sangue árabe e muçulmano", acrescentou, sublinhando ainda que "na língua portuguesa há muitas palavras que são islâmicas".
Também presente na conferência, o professor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, António Mendes, convidado para discursar sobre o "Cristianismo e a Cidadania", defendeu que Islão e Cristianismo, em Portugal, podem não ter ainda a relação "que deviam ter", mas "têm uma boa relação". "As grandes religiões têm todas o mesmo objectivo, são é caminhos diferentes para chegar ao mesmo sítio. O importante é ultrapassar divergências e chegarmos à conclusão que queremos todos a mesma coisa, que é criar um mundo mais harmonioso, mais fraterno e equilibrado e criarmos uma cultura de paz", rematou António Mendes. (Com Lusa/siconline)


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12.23.2008

Para Além... Do "Prémio Camões"...




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Para Além... Do "Prémio Camões"...


...Prémio Clube Literário do Porto...


O escritor António Lobo Antunes foi distinguido com o Prémio Clube Literário do Porto, com um valor pecuniário de 25.000 euros. (Lusa/siconline)

Esta é a quarta edição do prémio, que nas anteriores distinguiu os escritores Mário Cláudio, Armando Baptista Bastos e Miguel Sousa Tavares. O prémio será entregue ao escritor no sábado, pelas 22h00, na sede do Clube, á Rua Nova da Alfândega. "O prémio anual do Clube Literário do Porto é atribuído nos termos do respectivo regulamento, por concurso de ideias e sugestões, visando galardoar o autor que mais criatividade teve na narrativa e ficção", segundo nota da instituição portuense. Lobo Antunes recebeu no mês passado, na cidade mexicana de Guadalajara, o Prémio Literatura em Línguas Romances 2008, no âmbito da XXII Feira Internacional do Livro. Distinguido com o Prémio Camões em 2008, Lobo Antunes, afirmou recentemente, numa tertúlia literária, que escrever é a sua "razão de viver", "alegria", "sina", "escolha" e afirmou-se "assombrado" com pessoas que escrevem livros em dois meses. "Escrever é a minha razão de viver, a minha alegria, a minha sina, o que eu escolhi quando tinha 5 anos", disse o autor de "Memória de Elefante" (1979) e "Fado Alexandrino", entre outros títulos.
"O arquipélago da insónia" é o seu mais recente romance.



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12.21.2008

Para Além...Do Já Conhecido....



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Para Além...
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Do Já Conhecido....

...Acontecimentos Científicos Do Ano...



Science elege células estaminais e exoplanetas
A possibilidade da produção de células estaminais por reprogramação de células humanas adultas, no dese
nvolvimento de um processo descoberto em 2006, foi considerada o acontecimento científico do ano pela redacção da revista norte-americana Science. O segundo maior acontecimento científico foi a descoberta de planetas fora do Sistema Solar. (Lusa/siconline)

Entre os mais de 300 "exoplanetas" descobertos, o telescópio espacial Hubble detectou dióxido de carbono num deles, o HD 189733b, de tamanho semelhante ao de Júpiter. A descoberta foi considerada pela NASA com um grande avanço na busca de elementos de vida noutros mundos fora do Sistema Solar.


Mas o primeiro lugar foi para A possibilidade da produção de células estaminais por reprogramação de células humanas adultas. Para justificar a escolha, a Science explica que ela "augura novos avanços da Medicina que poderão salvar vidas". Domingos Henrique, chefe da Unidade de Biologia do Desenvolvimento do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de medicina da Universidade de Lisboa, considerou a descoberta do mecanismo de produção das IPS tão importante "que não faltará muito tempo para que o seu autor, o japonês Shinya Yamanaka, ganhe um Prémio Nobel". "A descoberta das IPS representa uma revolução, porque significa a possibilidade de reprogramar as células somáticas diferenciadas, que já não se dividem, de modo a voltar a obter células estaminais embrionárias", explicou Domingos Henrique. No desenvolvimento desta investigação, cientistas do Instituto Whitehead, nos Estados Unidos, anunciaram já este mês ter conseguido simplificar a criação destas células pluripotentes ao reduzirem de quatro para um o número de vírus usados no processo de reprogramação. Anteriormente eram precisos quatro vírus separados para transferir genes para o ADN das células, sendo que, uma vez activados, são esses genes que fazem passar as células do seu estado adulto, diferenciado, para o de células do tipo embrionário. Por terem a mesma capacidade de diferenciação das embrionárias, estas células poderão no futuro ser usadas para tratar doenças como a de Parkinson e a diabetes de tipo 1. O estudo das células IPS teve início em 2006 quando cientistas da Universidade de Quioto, no Japão, liderados por Shinya Yamanaka, anunciaram a reprogramação de células da pele do ratinho em células muito semelhantes a células estaminiais embrionárias. Posteriormente, em 2007, cientistas norte-americanos e japoneses obtiveram o mesmo resultado com células da pele humana e já este ano foi conhecido outro avanço, quando cientistas norte-americanos transformaram em IPC células da pele de doentes com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa sem cura, tendo depois induzido a sua diferenciação em neurónios motores como os destruídos pela doença.


Outros grandes acontecimentos:


Outros importantes acontecimentos científicos do ano foram, segundo a Science, os seguintes: Ampliação dos genes do cancro: ao conseguirem sequenciar diversos tipos de células cancerígenas, incluindo do cancro do pâncreas e o glioblastoma (os mais mortais), os cientistas descobriram dezenas de mutações que geram a divisão celular e dão origem à doença.

Avanços na tecnologia do genoma: foi conhecida este ano uma série de sequenciações, desde as do genoma do mamute até ao de doentes de cancro, através de tecnologias mais rápidas e baratas do que as foram usadas no passado para determinar a sequência do genoma humano.
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O embrião em vídeo: em 2008 foi possível observar com pormenores sem precedentes a actividade das células num embrião em pleno desenvolvimento. Além disso, os investigadores registaram em vídeo e analisaram os movimentos das cerca de 16.000 células integrantes do embrião do peixe zebra a partir do primeiro dia após a concepção.

Novos materiais: os cientistas anunciaram este ano a descoberta de toda uma família de supercondutores a altas temperaturas consistentes em compostos de ferro, em vez de cobre e oxigénio.

Energia renovável a pedido do cliente: os investigadores anunciaram um novo instrumento para armazenar à escala industrial a electricidade gerada em excesso por fontes renováveis como a eólica e a solar. Trata-se de um catalizador de cobalto e fósforo que pode usar electricidade para separar o hidrogénio da água, que pode ser novamente usado para produzir energia.

O trabalho das proteínas: os bioquímicos observaram a forma como as proteínas aderem às células, alteram o seu estado metabólico e contribuem para dar forma às propriedades do tecido.



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12.19.2008

Para Além... De Território Protegido...

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Para Além... De Território
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Protegido...



...Mais Medidas Para A Preservação...


Lince Ibérico:
Cientistas propõem salvar lince ibérico recuperando diversidade genética do coelho na Península ibérica.
Cientistas portu
gueses e espanhóis propõem uma nova estratégia para salvar da extinção o lince ibérico assente na recuperação da diversidade genética do coelho, a sua principal presa, e do seu habitat natural.

A proposta é apresentada por Márcia Barbosa e colegas das universidades de Évora, Málaga e da Estação Biológica de Doana num estudo a publicar na revista científica internacional Diversity and Distribution, especializada em biogeografia da conservação. O felino mais ameaçado de extinção em todo o mundo alimentava-se até ao século passado de duas linhagens genéticas de coelho com habitat em duas zonas distintas da Península Ibérica, uma situada no nordeste e outra no sudoeste. Os dois animais surgiram aproximadamente ao mesmo tempo na península e evoluíram em conjunto ao longo do último milhão de anos, período durante o qual estabeleceram inter-relações complexas cuja preservação é agora defendida pelos cientistas. Devido a doenças, a população de coelhos do nordeste sofreu nos anos 1980 uma redução drástica que foi acompanhada por um declínio da população de linces, tendo estes passado a ficar confinados ao sudoeste, numa área que abrange Espanha e Portugal. As duas zonas geográficas são, grosso modo, separadas por uma diagonal situada entre Vigo e Múrcia, sendo que o lince foi ficando relegado à parte esquerda desta diagonal e, mais recentemente, ao sul desta área. Perante esta situação, a equipa de investigadores procurou saber se o declínio do lince seria apenas um problema de falta de coelhos ou também, como suspeitavam, de falta de diversidade desta presa. Para testar esta hipótese desenvolveram dois modelos matemáticos, um para cada espécie, em que relacionaram conjuntos de factores ambientais, como o clima e o estado dos solos, com a abundância da população. Os modelos foram depois usados para testar se a razão principal do declínio do lince eram variações ambientais ou variações nas populações de coelhos, tendo a conclusão apontado fortemente para a última hipótese. A equipa constatou também uma associação negativa entre a linhagem de coelhos do sudoeste, a única actualmente ao dispor do lince, e as condições óptimas de vida do coelho, sugerindo que esta subespécie não está a prosperar, contrariamente à do nordeste, o que compromete ainda mais a situação do lince. "Os planos de conservação actuais consistem em tentar manter ou reintroduzir o lince no sudoeste, com a ajuda de repovoamento de coelhos, mas os resultados não têm sido satisfatórios", disse à Lusa Márcia Barbosa, que durante o estudo estava a fazer o seu doutoramento na Universidade de Málaga (Espanha). "Propomos complementar isto com reintroduções de lince também em zonas mais a nordeste, de onde o lince se extinguiu há mais tempo, mas onde os coelhos hoje em dia parecem estar a dar-se melhor", afirmou. "Isso permitiria ao lince contar com toda a diversidade natural da sua presa", acrescentou. O objectivo é restabelecer as antigas inter-relações entre os dois animais, de modo a que o lince volte a contar, como no passado, com ambas as linhagens genéticas do coelho, reduzindo-se desse modo o risco de doenças ou mudanças ambientais que prejudiquem mais uma raça do que a outra. "Já é bastante arriscado para um predador limitar-se a uma só espécie de presa, mas quando o lince se viu restringido ao quadrante sudoeste da península ficou também restringido a uma das duas raças de coelho, aumentando ainda mais o risco", acrescentou a investigadora. "Vieram depois as doenças do coelho, que ainda por cima parecem ter afectado mais a raça do sudoeste, e ficou o caldo entornado", comentou. Para outro dos autores do estudo, Raimundo Real, do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Málaga, "há também que ter em conta que o coelho tem uma estratégia reprodutora muito diferente da do lince e pode recuperar depois de vários anos de declínio". "É que se durante vários anos seguidos as populações de coelho escassearem, o lince poderá extinguir-se localmente", referiu o investigador espanhol à Lusa. Associadas a este estudo estão a Estação Biológica de Doana, a Universidade de Málaga, o Imperial College de Londres e a Universidade de Évora. Márcia Barbosa participou no trabalho na Universidade de Málaga, quando estava a fazer o doutoramento, depois no Imperial College de Londres, onde faz actualmente um pós-doutoramento, e na Universidade de Évora, para onde se muda em Fevereiro. O estudo foi financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia espanhol, o FEDER e a Junta da Andaluzia, sendo Márcia Barbosa apoiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. (Com Lusa/siconline)



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