7.13.2008

Para Além Da...União Para O Mediterrâneo...



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Para Além Da...União
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Para O Mediterrâneo...


...RELANÇAMENTO DO PROCESSO DE PAZ

NO MÉDIO ORIENTE...


União para o Mediterrâneo
Cimeira marcada pelo processo de paz no Médio Oriente
O processo de paz no Médio Oriente e o relançamento das relações diplomáticas entre a Síria e Israel marcaram a cimeira de lançamento da União para o Mediterrâneo, que se realizou hoje em Paris.

O chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, que co-presidiu à cimeira com o seu homólogo egípcio, Hosni Mubarak, conseguiu reunir à mesma mesa, no majestoso Grand Palais, dirigentes políticos das duas margens do Mediterrâneo, entre os quais israelitas e árabes, em nome de "um mar comum". Sarkozy e Mubarak reforçaram a ideia de que a União para o Mediterrâneo deve fixar uma nova dinâmica para os países mediterrânicos, baseada na "paridade e igualdade e no poder de decisão exercido em comum" entre o norte e o sul. O presidente egípcio pediu ainda a israelitas e palestinianos para continuarem com as negociações de modo a virarem "uma nova página de paz na região do Médio Oriente". A cimeira conseguiu juntar à mesma mesa, ainda que em lugares distantes, o presidente da Síria, Bachar al-Assad, e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que encetaram negociações indirectas, mediadas pela Turquia. Não chegaram a cumprimentar-se - seria um gesto histórico -, mas estiveram a pouca distância um do outro, tendo entre eles o presidente da autoridade palestiniana, Mahmoud Abbas. O presidente sírio disse que o seu país "quer progressos no diálogo com Israel", mas considerou que isso é pouco provável enquanto a actual administração americana estiver no poder. Durante os trabalhos da cimeira, houve também progressos nas relações entre a Síria e o Líbano, que, segundo o presidente francês, concordaram em abrir embaixadas nos dois países, um passo nas relações diplomáticas que Nicolas Sarkozy apelidou de "vontade histórica". A Síria e o Líbano nunca tiveram relações diplomáticas desde a independência destes dois países vizinhos, há mais de 60 anos, que antes eram administrados por França. Na cimeira, para a qual estiveram destacados cerca de mil jornalistas e foram mobilizados mais de seis mil polícias, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, sublinhou o "horizonte comum" entre as duas margens do Mediterrâneo e garantiu que esse horizonte é "uma prioridade para toda a União Europeia". A ideia da União para o Mediterrâneo - lançada por Sarkozy há mais de um ano - é dar um novo impulso ao Processo de Barcelona, lançado pela UE em 1995 com o objectivo de criar uma zona de estabilidade, prosperidade e segurança em toda a região. A União para o Mediterrâneo terá uma co-presidência com a duração de dois anos, repartida entre um país do norte e outro do sul. Depois de França-Egipto, a União para o Mediterrâneo deverá ser presidida por Espanha e Chipre, sendo necessário ainda esperar por uma clarificação do Tratado de Lisboa. O secretariado-geral terá cerca de vinte elementos, representativos dos países do norte e do sul e a escolha da sede, que tem Barcelona, Malta, Marrocos e Tunes como candidatas, será decidida em Novembro, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos membros da União para o Mediterrâneo.





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