7.17.2008

Para Aquém...Do Verdadeiro Interesse Nacional...



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Para Aquém...Do Verdadeiro

Interesse Nacional...

...Energia nuclear...


Cavaco Silva defende debate e análise
O Presidente da República defendeu hoje que seja "debatida e estudada" a eventual produção de energia nuclear em Portugal, proposta terça-feira pelo governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio. (Lusa)
"Na camp
anha eleitoral, foi-me feita exactamente essa pergunta. Nessa altura, respondi da seguinte forma: a questão deve ser debatida e deve ser estudada, por forma a encontrar o verdadeiro interesse nacional. Hoje não responderia de forma diferente", afirmou Cavaco Silva, em Celorico de Basto. O chefe de Estado escusou-se a comentar também as opções do Governo em matéria de investimentos em infra-estruturas rodo e ferroviárias, sublinhando que, apesar de ter opinião sobre o assunto, considera que deve abster-se de se pronunciar. "As minhas opiniões são conhecidas do Governo", afirmou, salientando que prefere abster-se de comentar "para que não possa ser acusado de ter partido por aqui ou por outro lado". "Não faço nenhum comentário em relação a um debate que é de natureza político-partidária", referiu, frisando que as suas opiniões "são totalmente independentes" desse debate. Cavaco Silva falava à margem de uma visita a Celorico de Basto, onde se reuniu com os nove presidentes de câmara do Vale do Tâmega, uma das sub-regiões mais deprimidas do país.

Por seu lado,

...o governador do Banco de Portugal quer que Portugal estude as vantagens da energia nuclear e avisou que é uma opção que não pode ser descartada.

Vítor Constâncio afirmou esta terça-feira, no Parlamento, que é preciso reduzir a dependência energética nacional e não deixou esperanças sobre uma redução do preço dos combustíveis: «
A alteração estrutural dos preços de energia está para ficar».
O governador deixou como exemplo o modelo finlandês, um país conhecido pelas suas práticas ecológicas. «
Acho que é uma opção que deve estar em cima da mesa. Basta pensar na Finlândia, um país bem gerido, que iniciou há pouco tempo um programa de construção de centrais nucleares».
Aos microfones TSF, Pedro Sampaio Nunes, que liderou um processo para a construção de uma central nuclear em Portugal, considerou que, neste momento, «a situação é de tal modo crítica, que é necessário ter em linha de conta todas as opções e estudá-las de uma forma rigorosa e correcta». O responsável defendeu o debate nacional sobre o tema e até a realização de um referendo nacional.
Já a Quercus, considera que Vítor Constância deve desconhecer a realidade do nuclear. A associação ambientalista garante que a opção não é benéfica em termos de custo e diz que governador do Banco de Portugal é «ingénuo». (iol)




E o debate sobre energia continua e sobe de tom:


Verdes e BE contestam nuclear, PSD defende que será opção

"Os Verdes" e o BE contestaram hoje a eventual opção pela produção de energia nuclear em Portugal, enquanto o PSD defendeu que o tema "não deve ser tabu" porque será uma opção no futuro. (Lusa)
Especialistas debatem opção pelo nuclear

"O tema não deve ser tabu e deve de uma vez por todas ser discutido porque a tecnologia nuclear há-de ter futuro e há-de ser importante. Não deixará de estar presente no nosso 'mix' energético no futuro", defendeu no Parlamento o deputado do PSD José Eduardo Martins. "Não devemos voltar aos anos 60 e pensar que o nuclear é todo igual, mas também não devemos ir a correr comprar um reactor igual ao da Finlândia", acrescentou o social-democrata. Verdes acusam PS de "abrir todas as portas para o nuclear"O assunto foi levantado pela deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia, que acusou o Governo de estar "a abrir todas as portas para o nuclear na próxima legislatura". "O Governo tem sido muito pouco peremptório relativamente à questão do nuclear", considerou Heloísa Apolónia. A resposta do PS coube à deputada Paula Cristina, que acusou o partido ecologista de ser "contra tudo", sem se referir à questão da energia nuclear. "Não há solução para os resíduos radioactivos""Os Verdes" contestaram a opção pelo nuclear argumentando que não resolve a dependência do sector dos transportes em relação ao petróleo porque as centrais nucleares produzem exclusivamente energia eléctrica e que criaria uma segunda dependência, em relação ao urânio, outra matéria-prima limitada e não renovável. Argumentaram também que uma central nuclear só estaria pronta em 2020, teria um período de vida útil de cerca de 50 anos e custaria no mínimo quatro mil milhões de euros a construir e "o dobro ou o triplo" a desmantelar. "Não há solução para os resíduos radioactivos e eles são de uma perigosidade extremamente elevada", apontou ainda Heloísa Apolónia, assinalando "o problema que a Espanha tem tido com o depósito de resíduos radioactivos". "Enquanto a Espanha, a Alemanha, a Suécia recuam no nuclear, vamos nós dar um primeiro passo para implantar nuclear em Portugal?", interrogou a deputada, alegando que o que motiva empresários para a energia nuclear são "as oportunidades de novos negócios que alguns gostavam de realizar, para acumular mais umas fortunas". A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Alda Macedo concordou que "o nuclear é uma solução que não é solução nenhuma porque é uma fonte de energia extremamente cara e perigosa", que "não resolve as carências de energia do sector não eléctrico".


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